La Revista Iberoamericana de Educación es una publicación editada por la OEI 

 ISSN: 1022-6508

Está en: OEI - Revista Iberoamericana de Educación - Número 47

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 Número 47: Mayo-Agosto / Maio-Agosto 2008

Infancias y escuela / Infâncias e escola

  Índice número 47 

Apresentação

A característica mais destacada da educação inicial contemporânea, entendendo por esta a atenção educativa que se oferece às crianças desde o nascimento até seu ingresso na educação de 1.º grau, é o papel cada vez mais importante que este nível educativo foi adquirindo ao longo das últimas décadas na estrutura dos diferentes sistemas educativos.

O novo conceito de infância, que situa a criança como sujeito que vive, pensa, ama e sonha em comunidade, como uma pessoa completa, sujeito de pensamento, de afetos e de vida social, suscita outros desafios para a sua educação. Por isto nos propomos neste número da rie abordar aspectos teóricos e práticos em diferentes cenários do trabalho educativo com a primeira infância.

A esta primeira intenção responde, com razão, a publicação de três trabalhos: o de José Manuel Osoro e Olga Meng, «Escenarios para el análisis y la construcción de un modelo de educación infantil»; o de María Victoria Peralta, «El derecho de los más pequeños a una pedagogía de las oportunidades en el siglo xxi», e o de Maria Lina Iglesias Forneiro, «Observación y evaluación del ambiente de aprendizaje en educación infantil: dimensiones y variables a considerar».

Também pretendemos deixar constância aqui da importância que para o desenvolvimento da subjetividade da criança podem ter enfoques pedagógicos baseados na potenciação didática dos campos da expressão corporal, da língua e da literatura, da música, da plástica e, especialmente, das brincadeiras. Neste sentido, foram Pedro Gil Madrona, Onofre Ricardo Contreras e Isabel Gómez Barreto que facilitaram o material que melhor reflete o significado que se quis dar a este segundo bloco temático, com seu trabalho «Habilidades motrices en la infancia y su desarrollo desde una educación física animada».

Ao mesmo tempo, consideramos de interesse uma leitura crítica das emergentes disciplinas «duras» que se vão incorporando ao âmbito da educação inicial a partir de uma perspectiva curricular adiantada do que será a educação de 1.º grau das crianças: matemática,ciências naturais, informática, etc. A esse respeito, apresenta-se a contribuição de Leticia Gallegos Cázares, Fernando Flores Camacho e Elena Calderón Canales com o artigo «Aprendizaje de las ciencias en preescolar: la construcción de representaciones y explicaciones sobre la luz y las sombras», que nos permite vislumbrar as possibilidades de incorporação de conceitos científicos aos primeiros ensinamentos que as crianças recebem.

Nesse cenário também é importante o tratamento da relação das crianças com os adultos que participam no contexto educativo, revisando e valorizando os mecanismos de intervenção que correspondem a cada ator que tem, sob a sua responsabilidade, a educação infantil. A este respeito, a original perspectiva que adota Ruth Milena Páez Martínez propõe uma reflexão sobre o objeto concreto em que se encarna a subjetividade do docente de inicial: «El cuerpo de la maestra de preescolar y su papel en la formación de los niños».

Embora não formasse parte dos interesses manifestados na convocação deste número, Fernanda Becker põe de manifesto a necessidade de que não nos esqueçamos das questões infra-estruturais que determinam as possibilidades reais da educação inicial. Assim o demonstra com seu trabalho «Educação infantil no Brasil: a perspectiva do acesso e do financiamento».

Uma vez mais a seção «Outros temas» nos permite apresentar alguns dos melhores trabalhos recebidos dos leitores colaboradores. Três magníficas mostras disto são os artigos de Antonio Monclús Estella e Carmen Sabán Vera, «La enseñanza en competencias en el marco de la educación a lo largo de la vida y la sociedad del conocimiento»; em segundo termo, o de Viviana González Maura e Rosa Maria González Tirados intitulado «Competencias genéricas y formación profesional: un análisis desde la docencia universitaria» e, finalmente, o trabalho de Alejandro Mayordomo intitulado «El sentido político de la educación cívica: libertad, participación y ciudadanía».

Cinco resenhas bibliográficas e o testemunho das publicações recebidas na Redação completam este número da rie, que esperamos satisfaça as expectativas dos que nos honrarem com sua leitura.

Até a próxima.
Roberto Martínez Santiago

 

 


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