La Revista Iberoamericana de Educación es una publicación editada por la OEI 

 ISSN: 1022-6508

Está en: OEI - Revista Iberoamericana de Educación - Número 33

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 Número 33: Septiembre - Diciembre 2003 / Setembro-Dezembro 2003

Los maestros y su formación / Os mestres e sua formação

  Índice número 33 

Introdução

Introdução

Cumpre a formação docente com as condições de importância, oportunidade, inovação e atualidade suficientes como para justificar que a RIE dedique um número monofráfico ao tema?

Este número 33 da Revista Ibero-americana de Educação – e talvez outros no futuro – tenta ser uma resposta a essa interrogação. Em todo caso, o constante ressurgir do tema em publicações, conferências, reuniões e declarações parece indicar que existe um problema, ou aspectos do mesmo, que não estão adequadamente resolvidos.

Este pode haver sido o sentido que os ministros da educação da Ibero-América deram ao Plano de Cooperação para a Formação Docente que aprovaram na XIII Conferência Ibero-americana de Educação (Tarija, Bolívia, 2003).

Resulta evidente e necessário que a recuperação de um tema clássico na literatura educacional se fizesse a partir de um marco interpretativo da realidade em que se produz, hoje, tanto a formação como o desempenho docente.

Sem excluir outros possíveis enfoques ou dimensões, foram destacados cinco aspectos que consideramos centrais no debate atual sobre o tema, e que nossa companheira Cristina Armendano1 definiu com igual clareza e precisão:

  • A crise da hipótese da modernidade e a formação docente. Muitas das políticas e das iniciativas que estão sendo desenvolvidas em matéria de formação docente se orientam para a melhoria da formação de um perfil profissional mais próximo ao da escola e dos sistemas educacionais hoje questionados, que às ainda muito pouco definidas instituições educacionais do conhecimento e da transformação permanente.
     
  • Natureza dos saberes e competências que subjazem à tarefa docente. Qual é o tipo de saberes que permite a um docente chegar a formar uma certa visão da situação, a atualizar as alternativas das que dispõe no arsenal do conhecimento pedagógico-didático, a gerar as adequações do caso, e, inclusive, a produzir alternativas novas para intervir com razoável expectativa de pertinência? Qual é a origem deste conhecimento? Que intervenções formadoras facilitam a construção de tais saberes? Que âmbitos e condições resultam mais favorecedores para a construção desses saberes?
     
  • Pedagogia da formação. Trata-se de uma pedagogia que oferece critérios de ação pedagógica específica para a formação de docentes, elaborados a partir de experiências e de linhas de pensamento especializado na matéria, e da recuperação de estratégias didáticas que orientam as práticas de formação (inicial e em serviço).
     
  • Os âmbitos institucionais da formação. O centro do debate gira em torno das condições que favorecem ou obstaculizam uma formação relevante. A proliferação de espaços de criação de novos conhecimentos externos às instituições acadêmicas e de formação, leva a questionar a pertinência de que os circuitos de formação, capacitação e supervisão estejam em mãos de profissionais de idêntico perfil formador, e que estejam constituídos só por instituições educacionais do sistema formal, o que reforça o circuito altamente endogâmico da formação.
     
  • O docente como intelectual. A docência é, antes de tudo, uma profissão intelectual, apontada a indagar a natureza do conhecimento, sua difusão e apropriação. O docente é um profissional do conhecimento, obrigado a estar atento a sua contínua evolução. Isto deveria marcar sua formação, tanto inicial como continuada.

Entre todas as colaborações recebidas, o Comitê Científico selecionou, para esta versão impressa, as assinadas por:

  • Violeta Núñez: «Os novos sentidos da tarefa de ensinar. Além da dicotomia “ensinar vs. assistir”».
     
  • César Pérez-Jiménez: «Formação de docentes para a construção de saberes sociais».
     
  • María José Ferreira Ruiz: «O papel social do professor: uma contribuição da filosofia da educação e do pensamento freireano à formação do professor».
     
  • Gloria E. Edelstein: «Práticas e residências: memórias, experiências, horizontes...».
     
  • Cristina Maciel de Oliveira: «A investigação-ação como estratégia de aprendizagem na formação inicial do professorado».
     
  • María Jesús Gallego Arrufat: «Intervenções formadoras baseadas em www para guiar o inicio da prática profissional dos docentes».

As limitações de espaço que caracterizam o suporte papel têm imposto a necessidade de derivar outros trabalhos de indubitável qualidade ao âmbito da edição digital <http://campus-oei.org/revista>.

O número se completa com um interessante informe, preparado por Teresa Rojano, sobre a incorporação de entornos tecnológicos de aprendizagem à cultura escolar em escolas secundárias públicas do México, e com as habituais seções documentais e informativas.

Roberto Martínez Santiago

 


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