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 Número 37: Enero-Abril / Janeiro-Abril 2005

Violencia en la escuela I / Violência na escola I

  Índice número 37 

A prática de violência entre pares: o bullyng nas escolas

Rosana Maria César del Picchia de Araujo Nogueira *

SÍNTESE: Ao analisar o fenômeno da violência, vemo-nos diante de uma série de dificuldades, não apenas porque o fenômeno é complexo, mas, principalmente, porque nos faz refletir sobre nós mesmos, sobre nossos pensamentos, sobre nossos sentimentos e atos. Pensamos que seja um erro fundamental, idealista e ahistórico acreditar que definir violência, ou qualquer outro vocábulo, consista em se aproximar o mais possível de um conceito absoluto, de uma idéia que, de fato, tornariam idênticos a palavra e a coisa. A captação de diferentes perspectivas possibilita uma infinidade de compreensões de violência. Mas, ao pensá-la, há que sempre se lembrar de que a sua compreensão acompanha as mudanças através dos tempos e dos lugares. As fronteiras da violência no tempo e no espaço se tornam maleáveis, frágeis e difíceis de serem definidas. É por isso que muitas vezes se confunde, se interpenetra, se inter-relaciona com agressão e indisciplina, quando se manifesta na esfera escolar, e os casos de violência entre pares são naturalizados. E o que temos notado é que a grande maioria dos profissionais da Educação não sabe tratar e distinguir os alunos agressivos dos indisciplinados e violentos, arriscando pseudo-diagnósticos. Por isso, a importância de se refletir sobre um assunto tão pouco estudado: práticas de violência entre pares ou o bullying na escola.

Síntesis: Al analizar el fenómeno de la violencia nos encontramos frente a una serie de dificultades, no solo porque el fenómeno es complejo, sino porque nos hace reflexionar sobre nosotros mismos, sobre nuestros pensamientos, sobre nuestros sentimientos y acciones. Consideramos que es un error fundamental, idealista e histórico creer que definir violencia, o cualquier otro vocablo, consiste en aproximarse lo máximo posible al concepto absoluto de una idea que, de hecho, haría idénticas la palabra y la cosa. La captación de diferentes perspectivas posibilita una infinidad de comprensiones de la violencia. Pero al pensarla, hay que recordar siempre que su comprensión acompaña los cambios a través del tiempo y de los lugares. Las fronteras de la violencia en tiempo y en espacio se han vuelto maleables, frágiles y difíciles de definir. Es por eso que, muchas veces, la violencia se confunde, se interpreta, se interrelaciona con agresión e indisciplina cuando se manifiesta en la esfera escolar, y los casos de violencia entre pares son naturalizados. Y lo que hemos notado es que la gran mayoría de los profesionales de la educación no sabe tratar ni distinguir a los alumnos agresivos de los indisciplinados y violentos, arriesgando los diagnósticos. De ahí la importancia de reflexionar sobre un asunto tan poco estudiado: las prácticas de la violencia entre pares o el bullying en la escuela.

* Mestre em Educação e doutoranda em Educação do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, Brasil.

1. A violência entre pares: em busca de definições

As diferentes manifestações de violência urbana vêm adquirindo cada vez mais importância e dramaticidade na sociedade brasileira, especialmente a partir da década de oitenta. Muitas são as suas expressões, os sujeitos envolvidos e as conseqüências. O freqüente envolvimento da população infantil e juvenil com esta realidade, ocupa, de maneira crescente, as páginas da imprensa falada e escrita. Tal problemática tem muitas implicações do ponto de vista da prática educativa, e suas diferentes manifestações têm preocupado de forma especial pais e educadores.

De acordo com tal perspectiva, é possível destacarmos alguns aspectos que têm caracterizado nossa sociedade nos últimos anos: o intenso processo de urbanização, as migrações internas com suas conseqüências de desenraizamento social, cultural, afetivo e religioso, a acelerada industrialização, o impacto das políticas neoliberais, a expansão das telecomunicações, a cultura do consumo, a enorme concentração de renda, a crise ética, o aumento da exclusão e do desemprego.

Para muitas pessoas, o aumento da violência está relacionado ao número de jovens e crianças que vivem pelas ruas das grandes cidades. Assim, manifestações de violência estariam relacionadas às classes populares. Contudo, considerar a pobreza e a miséria como as únicas causas da violência é, no mínimo, uma análise reducionista e simplista da questão. Como explicar, então, os casos de jovens filhos de famílias favorecidas economicamente que cometem crimes?

Não é de hoje que profissionais da educação, alunos e pais vêm-se surpreendendo com problemas de violência entre jovens alunos de classe média. Apesar das preocupações generalizadas, os olhares dos pesquisadores têm-se voltado majoritariamente para as manifestações de violência entre jovens das classes populares (Sposito, 1994). Voltamos a enfatizar que não restam dúvidas de que as diferentes formas de violência estão disseminadas em todos os espaços de atuação humana, mas a idéia corrente mais popularizada é de que elas são muito próprias e circunscritas aos grandes centros urbanos e a jovens das regiões periféricas. E questionamos novamente: e os jovens das regiões centrais? Não praticam também violência? Não usam drogas? Desta forma fica difícil, como já mencionamos, associar a violência apenas à pobreza e à miséria.

Pesquisas realizadas pela unesco com jovens de diversas cidades do Brasil (Brasília, Fortaleza, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo), permitiram verificar que, aproximadamente, 60% dos jovens na faixa de 14 a 19 anos de idade foram vítimas de algum tipo de violência nas unidades escolares nos últimos anos1.

Em outro estudo finalizado em 2002, também é verificada a escala de violência que vitima nossa juventude: a taxa de mortalidade na faixa etária de 15 a 24 anos por causas violentas, duplicou nas duas últimas décadas. No contexto internacional, índices de homicídios entre jovens são extremamente elevados. Outras informações são ainda mais preocupantes: no plano nacional, 40% das mortes entre jovens devem–se a homicídios. Nas capitais do país, essa proporção se eleva para 47% (Waiselfisz, 2002).

A discussão sobre violência é importante, porque é um fenômeno que se desdobra no ambiente da instituição escolar.

Ao analisar o fenômeno da violência, vemo-nos diante de uma série de dificuldades, não apenas porque o fenômeno é complexo, mas, principalmente, porque nos faz refletir sobre nós mesmos, sobre nossos pensamentos, sobre nossos sentimentos. De modo geral, a violência se confunde, se interpenetra, se inter-relaciona com agressão e/ou com indisciplina quando se manifesta na esfera escolar (Nogueira, 2003).

Assim, podemos afirmar que a violência em meio escolar no Brasil, e mesmo em outros países, tanto decorre da situação de violência social que atinge a vida dos estabelecimentos (violência na escola), como pode expressar modalidades de ação que nascem no ambiente pedagógico, neste caso a violência da escola. A violência da escola e a violência na escola abrigam uma série heterogênea e complexa de fenômenos, dentre os quais o bullying escolar (Nogueira, 2003).

Nas manifestações de violência que tem ocorrido com frequência entre jovens, o fenômeno do bullying, ou como muitos pesquisadores denominam de violência moral2, tem sido constante. Na língua inglesa o termo usado é bullying, na França chamam de harcèlement quotidien, na Itália de prepotenza ou mesmo de bullismo, no Japão de ijime, na Alemanha de agressionen unter schülern, e em Portugal de maus-tratos entre os pares (grifos meus). No Brasil, ainda não há uma palavra consensual para designar o problema. O termo violência moral é adaptação do francês assédio moral, mas há quem defende outros. Para Monteiro (2003), presidente da abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência), não há ainda no Brasil uma palavra que defina o bullying. Em geral, são situações de maus-tratos, de opressão e humilhação que acontecem entre jovens e crianças3

O bullying escolar, ou violência entre pares, é um fenômeno tão antigo quanto prejudicial, que pode deixar marcas profundas na vida de um escolar. Apesar dos educadores terem consciência da problemática existente entre agressor e vítima, poucos esforços foram despendidos para o seu estudo sistemático até princípios dos anos setenta (Fante, 2001). Segundo a autora, durante vários anos essa intenção ficou restrita apenas à Escandinávia: na primeira década de setenta surgiu, primeiramente na Suécia, um grande interesse de toda a sociedade pelos problemas desencadeados pelo fenômeno. Na Noruega, o fenômeno mobbing, como é denominado nesse país, durante muitos anos foi motivo de preocupação dos meios de comunicação, de professores e de pais, porém sem que as autoridades educativas se comprometessem de forma oficial.

Embora não seja um fato novo, não podemos afirmar o crescimento do fenômeno em escala mundial. Podemos apenas dizer que estudos vêm sendo realizados nos mais diversos países, confirmando sua existência em todos os centros escolares, além da frequência, do número de alunos envolvidos, do contexto onde mais incidem, e das mais diversas variáveis de interesse científico e acadêmico. Começando com pesquisas na Escandinávia, e, em seguida, no Japão, no Reino Unido e na Irlanda, esse estudo da intimidação ou de violência entre pares vem hoje tendo lugar na maioria dos países europeus, na Austrália e na Nova Zelândia, no Canadá e nos Estados Unidos.

Segundo Olweus (1998), o bullying escolar, termo usado no mundo anglo-saxão, é um novo conceito que se dá para designar o fenômeno de maltrato e de intimidação entre escolares. Esta é uma forma de violência não física – os insultos, os apelidos cruéis e as gozações que magoam profundamente, as ameaças que ocorrem sobretudo nos recreios e as saídas das escolas, levam muitos estudantes à exclusão, ocasionando danos físicos e materiais – junto a formas de violência física.

Para Orte (1996), o bullying escolar se apresenta como um mal-estar que se observa desde a perspectiva oculta, desde o desconhecimento, desde a indiferença, ou, inclusive, desde a ausência de valorização de si mesmo, de sua própria existência, e das consequências que o mesmo pode ter e tem no desenvolvimento social, emocional e intelectual dos menores que sofrem ou padecem este novo e velho fenômeno. Ainda, de acordo com a autora, pode-se considerar o bullying como um fenômeno novo porque deve ser objeto de investigação, uma vez que se apresenta na desigualdade entre iguais, resultando num processo em que os iguais projetam seu mau caráter de forma oculta dentro de um mesmo contexto. Por outro lado, considera-se o fenômeno como um fato velho, por se tratar de uma forma de violência que ocorre nos centros educativos há muito tempo, em que os valentões oprimem e ameaçam suas vítimas por motivos banais, querendo impor sua autoridade.

Segundo Fante (2002), o bullying não se trata de um episódio esporádico ou de brincadeiras próprias de crianças; é um fenômeno violento que se dá em todas as escolas, e que propicía uma vida de sofrimento para uns e de conformismo para outros. Para a autora, os danos físicos, morais e materiais, os insultos, os apelidos cruéis e as gozações que magoam profundamente, as ameaças, as acusações injustas, a atuação de grupos que hostilizam a vida de muitos alunos levando-os à exclusão, tudo isso são algumas das condutas que observa em relação ao bullying escolar. Algumas informações e relatos extraídos de jornais ou de estudos realizados podem anunciar a extensão e magnitude do problema.

Olweus (1998), pesquisador da Universidade de Bergen, desenvolveu os primeiros critérios para detectar o problema do bullying escolar de forma específica, permitindo diferenciá-lo de outras possíveis interpretações, como incidentes e gozações ou relações de brincadeiras entre iguais, próprias do processo de amadurecimento do indivíduo. Desse estudo, desenvolvido em escala nacional, se pode calcular que, mais ou menos, 15% do total de alunos das escolas de educação primária e secundária da Noruega figuravam como agressores ou como vítimas (Olweus, 1998).

Uma pesquisa feita em Portugal com 7.000 estudantes mostrou que, aproximadamente, um em cada cinco alunos (22%) entre 6 e 16 anos já foi vítima de bullying na escola. A pesquisa mostrou também que os locais mais comuns de ocorrência de maus-tratos são os pátios de recreio (78% dos casos), seguidos dos corredores (31,5%) (Almeida, 2003). Na Inglaterra, uma pesquisa da ong Young Voice e publicada no livro «Bullying in Britain», mostrou que, apesar de existir uma lei que obriga as escolas a previnir o bullying, os estudantes não estão satisfeitos com os resultados. Segundo Katz (2003), da ong inglesa Voice, se os pais mandarem seus filhos reagirem com violência quando sofrerem o bullying, isso só atrapalhará a resolução do problema4.

De acordo com a pesquisadora Fuensanta Cerezo (2001), na Espanha o nível de incidência do bullying se situa em torno de 15% a 20% dos sujeitos em idade escolar, o que vem a confirmar os dados de estudos desenvolvidos em Portugal, como nos outros países da União Européia, apontando índices semelhantes.

Nos Estados Unidos, o bullying é tema de interesse. O fenômeno cresce entre alunos das escolas americanas. Os índices são tão altos, que os pesquisadores americanos classificam como conflito global, e que, a persistir essa tendência, será grande o número de jovens que se tornarão adultos abusadores e delinquentes (Andrews, 2000).

No Brasil, a ong abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência) desenvolveu no Rio de Janeiro um projeto com o patrocínio da petrobras (a mais importante empresa petrolífera do país), com 11 escolas públicas e particulares. O objetivo deste estudo foi ensinar e debater com professores, pais e alunos, formas de evitar que o bullying acontecesse.

Pesquisadores de todo o mundo atentam para este fenômeno, que toma cada vez mais aspectos preocupantes quanto ao seu crescimento, e por atingir faixas etárias inferiores, relativas aos primeiros anos de escolaridade. Estima-se que, em torno de 5% a 35% de crianças em idade escolar, estão envolvidas de alguma forma em atos de agressividade e de violência na escola (Fante, 2002).

Baseado nos dados dos mais diversos países, pode-se afirmar que o fenômeno está presente em todas as escolas do mundo. No Brasil, o bullying ainda é pouco pesquisado, comentado e estudado, motivo pelo qual não temos indicadores que nos forneçam uma visão global para que possamos compará-lo aos demais países, a não ser dados de alguns estudos. Encontramos como reflexo de trabalhos europeus algumas pesquisas sobre o Bullying escolar5. Em Santa Maria (Rio Grande do Sul), o trabalho realizado pela professora Marta Canfield e seus colaboradores (1997) em quatro escolas públicas. No Rio de Janeiro, as pesquisas dos Profs. Israel Figueira e Carlos Neto (2000-2001) em duas escolas municipais. Em São José do Rio Preto e região (São Paulo, 2000-2002), pesquisas realizadas junto à quase 1.500 alunos do ensino fundamental e médio em escolas públicas e privadas pela professora Cleodelice Aparecida Zonato Fante e seus colaboradores.

O quadro aqui apresentado, envolvendo escola, violência e jovens, é apenas um dos componentes da grande galeria brasileira e internacional da violência. Apesar da gravidade e da necessidade de reflexões, são poucos os estudos existentes a respeito do tema. Em levantamento realizado por Nogueira (2003) das teses e dissertações sobre «escola e violência» nos programas de Pós-Graduação em Educação, abrangendo o período de 1990 a 2000, a autora menciona que, dos trinta e seis trabalhos encontrados nesse período, nenhuma das pesquisas teve como objeto de estudo a questão da violência entre os pares ou bullying escolar. Portanto, a necessidade de pesquisarmos este fenômeno e de refletirmos sobre o mesmo é imensa.

2. Como podemos identificar os casos de violência entre pares?

Por meio da observação e da discussão sobre o comportamento individual dos alunos, os professores podem identificar os alvos e os agressores. As vítimas são alunos frágeis, que se sentem desiguais ou prejudicados, e que dificilmente pedem ajuda. Eles podem demonstrar desinteresse, medo ou falta de vontade de ir a escola, apresentar alterações no rendimento escolar, dispersão ou notas baixas. Além disso, podem ter sintomas de depressão, perda de sono e pesadelos. Normalmente recebem apelidos, são ofendidos, humilhados, discriminados, excluídos, perseguidos, agredidos, e podem ter seus pertences roubados ou quebrados.

Os agressores geralmente acham que todos devem fazer suas vontades, e que foram acostumados, por uma educação equivocada, a ser o centro das atenções. São crianças inseguras, que sofrem ou sofreram algum tipo de agressão por parte de adultos. Na realidade, eles repetem um comportamento aprendido de autoridade e de pressão. Tanto as vítimas, quanto os agressores, necessitam de auxílio e de orientação. Os demais alunos são os observadores da violência. Eles convivem com ela e se calam ou são ignorados em suas observações por pais e professores. Temem tornarem-se alvos, e podem sentir-se incomodados e inseguros.

3. Saiba o que fazer

Para se refletir sobre o bullying, é essencial promover a orientação, a conscientização e a discussão a respeito do assunto. Nem toda briga ou discussão deve ser rotulada como bullying, para não cairmos no extremo oposto da tolerância zero, que não vai permitir a estas crianças e jovens que estão em fase de desenvolvimento que aprendam a viver harmoniosamente em grupo. A diferença entre um comportamento aceito e um abuso às vezes é muito tênue, e cada caso deve ser observado e analisado segundo sua constância e gravidade.

Os alunos devem criar regras de convivência e discuti-las com a equipe pedagógica, buscando soluções e respeitando as diferenças de cada um. Os pais devem ser ouvidos e orientados a colocar limites claros de convivência, e ajudar sempre que souberem de algum problema sem aumentar ou diminuir a informação recebida.

Quando identificados um autor e uma vítima, ambos devem ser orientados. Seus pais devem ser alertados e estar cientes que seus filhos, agressor ou agredido, precisam de ajuda especializada. O comportamento dos pais diante deste comunicado é muito importante: não se deve cobrar o revide, nem intimidar ou agredir. Este é um momento de aprendizado para todos, e mostrar como se controlar, manter a calma e evitar comportamentos de violência é imprescindível.

4 Considerações finais

O bullying acontece entre jovens e crianças de todas as classes sociais, e não está restrito a nenhum tipo determinado de escola. Por violência entre pares entende-se maus-tratos, opressão, intimidação e ameaças que ocorrem de forma intencional e repetida. Isso inclui gozações, apelidos maldosos e xingamentos que magoam profundamente a criança e podem causar sérios prejuízos emocionais, como perda de auto-estima e exclusão social. Mas precisamos tomar cuidado para não patologizarmos os casos de violência entre pares. Temos observado em nossa pesquisa que, esporadicamente, algumas crianças fazem brincadeiras inofensivas e se utilizam de palavras e de comportamentos não adequados durante suas brincadeiras, e isto nem sempre pode ser caracterizado como bullying. É preciso avaliarmos a intensidade e o significado dessas atitudes. A observação constante e a parceria entre escola e família são cruciais para a possível eliminação de tais comportamentos.

BIBLIOGRAFIA

Andrews, T. (2000): Bullying at School, net, disponível no site <http://www.ed.gov/databases./eric_digest/ed407154.html> [Acesso em 13/01/2003].

Cerezo, F. R. (2001): La violencia en las aulas. Análisis y propuestas de intervención, Madrid, Pirámide.

Fante, c. a. z. (2001): Bullying escolar, in Violência nas escolas, Jornal Diretor udemo, ano V, n.º 02, março/2002, São Paulo. Dados sobre estudos realizados em cinco escolas da Rede Pública e Privada de Ensino em duas cidades no interior do estado de São Paulo.

— (2002): Estudos realizados em uma escola da Rede Pública em São José do Rio Preto. O estudo apresenta dados relativos ao primeiro semestre de 2002.

Nogueira, R. M. C. D. P. A. (2003). Escola e Violência: análise de Dissertações e Teses sobre o tema produzidas na area de Educação, no período de 1990 a 2000, dissertação (Mestrado em Educação), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Orte, C. S. (1996): «El bullying versus el respeto a los derechos de los menores en la educación. La escuela como espacio de disocialización», in Revista Interuniversitaria de Pedagogia Social, n.º 14, Universitat de Les Illes Balears.

Olweus, D. (1998): Conductas de acoso o amenaza entre escolares, Madrid, Morata.

Sposito, M. P. (1994): «A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e a ação coletiva na cidade», in Tempo Social, Revista de Sociologia da usp, 5(1-2), usp, São Paulo.

unesco (2002): «Escola e Violência», in Mapa da Violência III, Brasília.

Waiselfisz, J. J. (2002): «Os jovens do Brasil», in Mapa da Violência III, Brasília, unesco, Instituto Ayrton Senna, Ministério da Justiça.

Notas

1 Dados retirados da pesquisa UNESCO de 1998 do jornal Folha de São Paulo de 09/12/98, e atualizados em 2000 com Julio Jacobo Waiselfisz, Mapa da Violência II: Os jovens do Brasil, Brasília, UNESCO, 2000.

2 Iremos nesse artigo trabalhar com o termo prática de violência entre pares e não violência moral, pois a questão da moralidade envolve outros determinantes.

3 Dado extraído do jornal Folha de São Paulo, de 20 de fevereiro de 2003.

4 Dado extraído do Jornal Folha de São Paulo, de 20 de fevereiro de 2003.

5 Dados disponíveis no site: http://www.bullying.Kit.net [consultados em 9/02/03].

 

 


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