Educación 2021: para una historia del futuro
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie490679Palavras-chave:
aprendizagem; educação do futuro; educação permanente; espaço público de educação; modelo escolar; pedagogia modernaResumo
Pensar o futuro é um exercício arriscado e, muitas vezes, fútil. Mas, apesar dos avisos, não resistimos à tentação de imaginar o que nos irá acontecer, procurando, assim, agarrar um destino que tantas vezes nos escapa. Como escreve Pierre Furter – a quem este ensaio é dedicado3 – o horizonte não existe para nos trazer de volta à origem, mas para nos permitir medir toda a distância que temos a percorrer. O homo viator constrói uma casa apenas para o tempo necessário, pois é caminhando que ele se encontra e descobre o sentido da sua acção (Furter, 1966, p. 26).
Precisamos de vistas largas, de um pensamento que não se feche nem nas fronteiras do imediato, nem na ilusão de um futuro mais-que-perfeito. À maneira de Reinhart Koselleck (1990), interessa-me compreender de que modo o passado está inscrito na nossa experiência actual e de que modo o futuro se insinua já na história presente.
O texto está organizado numa lógica passado-futuro. Assinalo, simbolicamente, três datas que definem momentos de transição: 1870, 1920 e 1970. Procurarei contextualizar historicamente cada um destes momentos e explicar de que modo as questões que eles suscitam abrem, hoje, para evoluções contraditórias dos sistemas educativos.
Na última parte, um tempo futuro, buscarei uma síntese destas evoluções, definindo as minhas próprias opções quanto ao cenário mais desejável para a Educação 2021.
Downloads
Referências
Appadurai, Arwin (2006): «The Risks of Dialogue», en New Stakes for Intercultural Dialogue. París: unesco, pp. 33-37.
Arendt, Hannah (1972): La Crise de la culture. París: Gallimard (1.ª ed., 1957).
Claparède, Edouard (1920): L’école sur mesure. Ginebra: Payot.
Commission du Débat sur l’Avenir de l’École (2004): Pour la réussite de tous les élèves. París: La Documentation Française.
Faure, Edgar (coord.) (1972) : Apprendre à être. París: Fayard / unesco.
Ferrière, Adolphe (1920) : Transformons l’école. Bâle: Azed.
Furter, Pierre (1966): Educação e vida. Petrópolis-Río de Janeiro: Vozes.
— (1970): Educação e reflexão. Petrópolis-Río de Janeiro: Vozes (3.ª ed.).
— (1977): L’Amérique utopique. Essai sur la contribution de la pensée utopique au développement de la formation des latino-américains. Ginebra, Université de Genève.
Habermas, Jürgen (1989): The Structural Transformation of the Public Sphere. Cambridge: Polity.
Hameline, Daniel (1984/1985): «Changer l’école! Changer l’école! Il y a cent ans que l’on dit ça…», en Le Temps Stratégique, n.º 11, pp. 73-80.
Illich, Ivan (1971): Deschooling Society. Nueva York: Harper & Row Publishers.
Koselleck, Reinhart (1990): Le Futur passé - Contribution à la sémantique des temps historiques. París: Éditions de l’École des Hautes Études en Sciences Sociales (ehess).
OCDE (2001): Quel avenir pour nos écoles? París: ocde.
Tyack, David (1974): The One Best System. A History of American Urban Education. Cambridge, ma: Harvard University Press.
Vieira, P. António (1982): História do futuro. Lisboa: Imprenta Nacional (1.ª ed., 1718).
Como Citar
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os(as) autores(as) que publiquem nesta revista concordam com os seguintes termos: