As políticas educacionais para a infância e a juventude pobres no Brasil na passagem à modernidade

Autores

  • Gizlene Neder Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35362/rie5411689

Palavras-chave:

instituições políticas, infância e juventude pobres, sentimentos políticos

Resumo

Este artigo analisa as instituições políticas destinadas à educação e assistência à infância e à juventude pobre no Brasil na passagem à modernidade, destacando os sentimentos políticos de aceitação/rejeição. Analisamos duas instituições criadas ainda no Segundo Reinado da governação imperial brasileira: uma destinada à política educacional para os meninos pobres e livres (o Asilo dos Meninos Desvalidos, criado em 1874); outra instituição destinada à realização de uma política educacional e assistencial para crianças e jovens cegos (o Instituto Imperial dos Meninos Cegos, criado em 1854). Analisamos os ofícios dos diretores das duas instituições, dirigidos aos ministros da justiça e negócios interiores, depositados no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Procedemos a uma análise de conteúdo das idéias sociais e políticas presentes nestes ofícios, tendo como pano de fundo a questão da condição jurídica e os direitos às estas políticas públicas dos filhos das escravas que foram libertados pela Lei do Ventre Livre de 1871. Empreendemos esta análise nos marcos da fundamentação teórica de Pierre Legendre, a partir do processo de constituição das subjetividades implicadas nas responsabilidades parentais do Estado. Combinadamente, trabalhamos com a análise social das ideologias, tal como sugere o encaminhamento metodológico de Gisálio Cerqueira Filho; destacamos e analisamos os principais temas e as intenções manifestas e/ou recalcadas destes discursos.

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Como Citar

Neder, G. (2010). As políticas educacionais para a infância e a juventude pobres no Brasil na passagem à modernidade. Revista Ibero-Americana De Educação, 54(1), 1–12. https://doi.org/10.35362/rie5411689

Publicado

2010-10-25

Edição

Secção

- Políticas educativas