A língua espanhola entre o português e o ucraniano: um estudo sobre a aprendizagem de terceiras línguas
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie5211806Palavras-chave:
ensino da língua espanhola, ensino de línguas, formação de professores, políticas linguísticas, terceira línguaResumo
O presente estudo focaliza o ensino da língua espanhola em uma região bilíngue do Centro Sul do Estado do Paraná. A pesquisa foi realizada com aprendizes do Ensino Médio, residentes em uma região colonizada, basicamente, por poloneses e ucranianos que, muitas vezes, são falantes destas línguas. Objetivou-se pesquisar se há influência destas línguas no aprendizado de espanhol e se variantes contextuais, tais como o uso das línguas étnicas, influenciariam neste processo. No estudo proposto verificou-se que o português, em detrimento das línguas étnicas, é a língua a que os aprendizes recorrem ao estudar língua espanhola, dada a proximidade linguística entre ambas. No entanto, ficou evidente que nem o critério puramente linguístico, nem o critério instrucional dão explicações precisas para as transferências e para as formas como elas ocorrem. Ajudam a entender o processo de aprendizagem, mas não justificam fracassos, desistências e o medo de aprender línguas. Diante disto, acredita-se que a aprendizagem se dará por um engajamento subjetivo do individuo à língua que aprende, tendo em vista a sua validade no contexto social. Desta afirmação decorrem duas implicações pedagógicas para o ensino de línguas: i) formação de professores calcada numa prática direcionada à multilingualidade; e ii) criação de políticas linguísticas, currícula escolares e de materiais didáticos que contemplem o entorno linguístico, social e cultural dessas comunidades.
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