Ensino científico e representações sociais de morte humana
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie3932572Palavras-chave:
morte, ensino de ciências, representação social, finitudeResumo
O ser vivo nasce, cresce, se reproduz e morre. Esse é o ciclo de vida que aprendemos desde criança nas aulas de ciências. Nascer, se desenvolver e morrer são eventos naturais que fazem parte do ciclo de vida de qualquer organismo. Os seres humanos sabem que terão um fim. A história humana atesta um longo trajeto cultural de lidar com a finitude: esforços contraditórios de aceitação, rituais de reconhecimento e medo. Os aparatos tecnológicos da medicina aparecem na história como soluções para a continuidade da vida e a discussão sobre o uso destas tecnologias encontra-se em espaços da educação científica. Entretanto, normalmente, a morte humana não é abordada com qualquer enfoque especial, ou diferenciado dos outros seres vivos nas aulas de ciências, particularmente na Biologia.
Como educadores, preocupados com a formação dos jovens, investigamos como estudantes do ensino médio, que estudam disciplinas científicas, representam a morte humana. O presente trabalho relata uma pesquisa realizada entre estudantes do ensino médio de duas escolas, visando conhecer suas representações sociais de morte. A pesquisa foi qualitativa nos passos propostos pela Analise do Discurso do Sujeito Coletivo (Lefèvre, 2001, 2003).Os resultados revelaram visões, valores e sentimentos em relação ao tema. Tanto os estudantes mostraram uma variedade de pensamentos e sentimentos em relação à morte como expressaram o desejo da abordagem deste tema nas aulas de biologia do ensino médio.
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