Qualidade educacional e gestão. formação, investigação e práticas gestoras
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie70087Palavras-chave:
Educação de qualidade; excelência em gestão pública; governança; formação de gestores escolares; pesquisa-ação colaborativa.Resumo
O texto focaliza os contributos da pesquisa-ação colaborativa para a formação de gestores escolares, tendo como pressuposto a excelência em gestão pública na governança e suas decorrências para a qualidade educacional. Para a fundamentação do estudo foi realizada a análise documental dos dispositivos nacionais e internacionais que versam sobre a educação de qualidade, compreendida como um direito de todos e articulada ao estudo profundo de autores que discutem a gestão da escola pública. Os protagonistas foram 80 gestores de escolas de uma rede pública de ensino. Os dados, coletados através dos registros no Diário de Campo e do questionário, foram analisados com base na Técnica de Análise de Conteúdo. Destacamos que: a) a formação dos gestores é condição fundamental para uma gestão estratégica, ou seja, é necessário o domínio de determinados conceitos e procedimentos específicos na área da administração, que, por vezes, os profissionais da educação ainda não possuem; b) a corresponsabilidade dos gestores e demais colaboradores para que se sintam partícipes na construção de um projeto coletivo. Para tanto, é preciso assegurar espaços e tempos de escuta desses profissionais, identificando suas concepções, perspectivas, dificuldades e ponderações; c) o empoderamento dos gestores pressupõe a construção de uma relação de confiança, de abertura e de diálogo para que eles se sintam autoconfiantes e capazes de atuar na resolução de problemas cotidianos.
Downloads
Referências
ABRUCIO, Luiz F. Gestão Escolar e Qualidade da Educação: um estudo sobre dez escolas paulistas. São Paulo: Estudos & Pesquisas Educacionais. Fundação Victor Civita, n.1, maio 2010, p.241-274.
BARDIN, Laurence. (1988). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
BOGDAN, Robert C.; BIKLEN, Sari K. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto.
BONAMINO, A. M. C. de. Tempos de avaliação educacional: o SAEB, seus agentes, referências e tendências. Rio de Janeiro: Quarteto Editora & Comunicação Ltda, 2002.
BRASIL (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas.
BRASIL (2007). Decreto Presidencial n°. 6.094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 243 de abr. 2007.
BRASIL (2005). Estatuto da criança e do adolescente: disposições constitucionais pertinentes: lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. – 6. ed. – Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 177p.
BRASIL (2014). Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 26 jun. 2014.
BRASIL (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF.
BRASIL (2006). Lei n. 11.274, 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 fev. 2006.
BRASIL (2007). Ministério da Educação. O Plano de Desenvolvimento da Educação. Razões, Princípios e Programas. Brasília, DF, MEC.
BRASIL (2012). Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: progressão escolar e avaliação: o registro e a garantia de continuidade das aprendizagens no ciclo de alfabetização: ano 03, unidade 08 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. -- Brasília: MEC, SEB.
BRASIL (2007). Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos / Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. – Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO.
CARR, Wilfred. (1996). Una teoría para la educación: hacia una investigación educativa crítica. MORATA: Madrid, 1996.
CARR, Wilfred; KEMMIS, Stephen. (1988). Teoría crítica de la enseñanza: la investigación-acción en la formación del profesorado. Barcelona: Martinez Roca.
EDUCAÇÃO PARA TODOS: o compromisso de Dakar (2001). – Brasília: UNESCO, CONSED, Ação Educativa, Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001275/127509porb.pdf>. Acesso em 30 jul. 2015.
DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE A EDUCAÇÃO PARA TODOS (1990). Aprovada pela Conferência Mundial sobre Educação para todos – satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. Jomtiem, Tailândia, 5 a 9 de março de 1990.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948). Adotada e proclamada pela resolução 217A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Disponível em:< http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf >. Acesso em 30 jul. 2015.
ELLIOTT, John. (2000). El cambio educativo desde la investigación-acción. 3. ed. Madrid: Morata.
FRANCO, Maria Amélia S. (2005). Pedagogia da Pesquisa Ação. Educação e Pesquisa, v. 31, nº 3, p. 483-502.
KEMMIS, Stephen; MCTAGGART, Robin. (1992). Cómo planificar la investigación-acción. Barcelona: Laertes Ediciones.
LEWIN, Kurt. (2006). La investigación-acción y los problemas de las minorías. In: SALAZAR, M. C (Org.). La investigación – acción participativa. Inicios y desarrollos. Madrid: Editorial Popular – Caracas: Editorial Laboratorio Educativo, p.15-25.
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean.(1999). A construção do saber: manual de metodologia de pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda.
LIBÂNEO, José Carlos. (2004). Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Alternativa.
LÜCK, Heloísa. (2000). Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. Em aberto. Brasília. v.17, nº 72, p. 3-5, fev/jun, p.11-33, 2000.
MARCONI, Marina. de A.; LAKATOS, Eva M. (2006). Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação dos dados. São Paulo: Atlas, 2006.
MIRANDA, Marilia G.; RESENDE, Anita C. A. (2006). Sobre a pesquisa-ação na educação e as armadilhas do praticismo.Revista Brasileira de Educação. v.11, n.33, p. 511-518.
MONCEAU, Gilles. (2005). Transformar as práticas para conhecê-las: pesquisa-ação e profissionalização docente. Educação e Pesquisa, v.31, n.3, p.467-482.
OEI – Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura. (2008). Metas educativas 2021: a educação que queremos para a geração dos bicentenários. Madri. Disponível em:< http://www.oei.es/metas2021/metas2021_portugues.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2015.
PARO, Vitor H. (2003). Administração Escolar: Introdução Crítica. São Paulo: Cortez.
PARO, Vitor H. (2002). Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Editora Ática.
PIMENTA, Selma G. (2005). Pesquisa-ação crítico-colaborativa: construindo seu significado a partir de experiências com a formação docente. Educação e Pesquisa, v.31, n.3, p. 521-539.
ZEICHNER, Kenneth M.; DINIZ-PEREIRA, Júlio E.(2005). Pesquisa dos educadores e formação docente voltada para a transformação social. Cadernos de Pesquisa, vol.35, no.125, p.63-80, Maio.
ZEICHNER, Kenneth M.(1998). Para além da divisão entre professor-pesquisador e pesquisador acadêmico In: Geraldi, C. M.; Fiorentini, D. & Pereira, E. M. (orgs.) Cartografia do trabalho docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas, Mercado de Letras, ABL, p. 207-236.
Como Citar
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os(as) autores(as) que publiquem nesta revista concordam com os seguintes termos: