Desempenho e etnia: um estudo no processo seletivo em uma instituição federal de ensino no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie641349Palabras clave:
Raça; Educação; Regressão Múltipla; Cotas raciaisResumen
O estudo objetiva investigar se a variável etnia influencia no resultado final do processo seletivo para o nível técnico em uma Instituição Federal de Ensino, no Brasil, que não adotou o sistema de cotas para negros, pardos e indígenas, em 2012. Foi verificado o desempenho de 5.631 candidatos ao certame, utilizando-se a estatística descritiva e a regressão multivariada para a análise dos dados. Os principais resultados encontrados sugerem que a etnia, embora estatisticamente significativa, apresenta pouca contribuição ao desempenho. Em contrapartida, as variáveis que geram maior impacto são o tipo de escola, quando da rede pública de ensino, e a idade, produzindo uma redução expressiva no resultado. Estes achados estão de acordo com a literatura em que não se verifica impacto relevante da etnia no desempenho final de processos seletivos, especialmente quando comparada, por exemplo, com o tipo de escola.
Descargas
Citas
CARNEIRO, M. L. T. (1998). O racismo na história do Brasil(8ª ed.). São Paulo: Ática.
CORRAR, L.J., Paulo, E., Dias, e J. M. Filho (2007). Análise Multivariada: para os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia. São Paulo: Atlas.
EMILIO,D.R.,BELLUZZO,W.Jr., e ALVES, D. C. (2004). Uma análise econométrica dos determinantes do acesso à universidade de São Paulo. Pesquisa e planejamento econômico, 34 (2), 275-306.
FRY, P. (2000). Politics, nationality, and meanings of “race” in Brazil. Journal of the American Academy of Arts and Sciences, 129(2), 83-118.
GRINER,A.,SAMPAIO,L.M.B.,e SAMPAIO,R.M.B.(2012, Setembro). O argumento de inclusão enquanto política de acesso à universidade pública. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 36.
HAIR, J. F. Jr., Anderson, R. E., Tathan, R. L., & Black, W. C. Análise Multivariada de Dados (5a ed.). (A. S. Sant’Annae A. Nt Chaves, Trad.). Porto Alegre: Bookman.
HASENBALG, C., e SILVA, N. do V. (eds.). (1988). Estrutura social, mobilidade e raça. Rio de Janeiro: Iuperj/Vértice.
HASENBALG, C., e SILVA, N. do V. (1992). Relações raciais no Brasil Contemporâneo. Rio de Janeiro: Rio Fundo Editora
HASENBALG, C., LIMA, M., e SILVA, N. do V. (1999). Cor e Estratificação Social. Rio de Janeiro: Contracapa
HENRIQUES, R. (2001). Desigualdade Racial no Brasil: Evolução das Condições de Vida na Década de 90 (Texto para Discussão,n.º 807). Rio de Janeiro, RJ: IPEA.
MAGGIE, Y. (2005). Políticas de cotas e o vestibular da Unb ou a marca que cria sociedades divididas. Horizontes Antropológicos, 11(23), 286-291.
MOEHLECKE, Sabrina. (2002). Ação Afirmativa: História e Debates no Brasil. Cadernos depesquisa. s/v(117), 197-218. Recuperado em 13 Dezembro, 2012, de http://www.scielo.br/pdf/cp/n117/15559.pdf.
MUNIZ, J. O. (2010, Junho). Ensaio sobre o uso da variável raça-cor em estudos quantitativos. Rev. Sociologia Política, 18 (36), 277-291.
OLIVEIRA, L. E. G., Porcaro, R. M., & Costa, T. C. N. A. (1983). O Lugar do negro na força de trabalho. Rio de Janeiro: Fundação IBGE.
OLIVEIRA, E. de. (2004). Mulher negra professora universitária: trajetória, conflitos e identidade. Brasília: LíberLivro.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO NO BRASIL. (2005). Racismo, pobreza e violência (Relatório de Desenvolvimento Humano/2005), Brasília, DF, Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento no Brasil.
PIERSON, D. (1945). Brancos e Pretos na Bahia: Estudo de Contato Racial. (Coleção Brasiliana, vol. 241). São Paulo: Companhia Editora Nacional.
QUEIROZ, D. M., e SANTOS, J. T. (2006). Sistema de Cotas: Um Debate Dos dados a manutenção de privilégios e de poder. Educação & Sociedade, 27(96), 717-737. Recuperado em 9 de Dezembro, 2012, de http://www.scielo.br/pdf/es/v27n96/a05v2796.pdf.
RIBEIRO, C. A. C. (2006). Classe, Raça e Mobilidade Social no Brasil. Revista de Ciências Sociais, 49(4), 833-873.
ROMANO, R. C. C., SILVA, I. C. C., e TEIXEIRA, M.de P. (2008). A percepção da população discente de uma instituição de ensino superior pública quanto à sua identificação étnico-racial. Anais da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, Caxambú, MG, Brasil, 16.
RAMOS, L. R., e VIEIRA, M.L. (2000). Determinantes da desigualdade de rendimentos no Brasil, nos anos 90: discriminação, segmentação e heterogeneidade dostrabalhadores. In: Henriques R (org) Desigualdade e pobreza no Brasil. Brasília, DF, Brasil.: IPEA, 159-76.
SANTOS, G. A. dos.(2002). A invenção do ser negro. São Paulo: EDUC/Fapesp.
SCHNEIDER, A. L. (2006). Mistificações da ciência. História Viva Temas Brasileiros, 78-85.
LEI N.12.711, de 29 de Agosto de 2012 (2012). Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília, 2012. Recuperado em 11 de Dezembro, 2012, de http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12711.htm .
DECRETOn. 7.824, de 11 de Outubro de 2012 (2012). Regulamenta a Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Brasília, 2012. Recuperado em 11 de Dezembro, 2012, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7824.htm .
VALVERDE, D. O. e STOCCO, L. (2009). Notas para a interpretação das desigualdades raciais na educação. RevistaEstudos Feministas, 3(17), 909-920.
Cómo citar
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes: