O cinema do feitiço contra o feiticeiro
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie320925Keywords:
cine, escuela, educaciónAbstract
Este artigo investiga as possibilidades da inserção do cinema na sala de aula sob dois enfoques: um filosófico, discutindo o cinema na educação, e outro pragmático, teorizando a prática educativa do cinema em sala de aula. Propõe construir um modelo de análise do filme a partir de conceitos elaborados pelo pensador alemão Walter Benjamin (1892-1940), como espaço imagético e como técnica interna da obra de arte. Dialoga com os teóricos Marc Ferro e Fredric Jameson e os diretores Glauber Rocha (1939-1981) e Jean-Luc Godard, para construir uma inteligibilidade do cinema aplicado à educação. Procura superar a dicotomia entre cinema comercial e cinema de arte, defendendo a tese que entretenimento e conhecimento não se excluem. Entende que as contribuições da História, da Antropologia, da Sociologia sobre o cinema, podem enriquecer uma teoria do cinema do ponto de vista da educação ou de uma pedagogia da imagem e do som. Vê o cinema inserido no processo de produção capitalista e se propõe a analisar o fetichismo para se livrar do fetiche.
Downloads
References
Benjamin, Walter (1993): Obras escolhidas 1, magia e técnica, arte e política, São Paulo, Editora Brasiliense.
Bolle, Willi (1986): Walter Benjamin – Documentos de Cultura – Documentos de Barbárie, São Paulo, Cultrix, Edusp.
Jameson, Fredric (1995): As marcas do visível, Rio de Janeiro, Editora Graal.
Oliveira, Luis Miguel (1999): Godard 1985-1999, Lisboa, A Coelho Dias.
Rocha, Glauber (1978): A Revolução do cinema novo, Rio de Janeiro, Embrafilme.
Soares, Mariza de Carvalho (2001): A História vai ao cinema, São Paulo, Editora Record.
Notas:
1) A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica, p. 165.
2) Op. cit., p. 166.
3) Op. cit., p. 170.
4) O autor como produtor, p. 122.
5) Op. cit., p. 106.
6) Cinema e história (1993): Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra.
7) A teoria crítica de Jameson está no ensaio “Reificação e utopia na cultura de massa”, in As marcas do visível (1995): Rio de Janeiro, Edições Graal.
8) Embora não seja o objeto deste artigo, considero exemplos de espaços imagéticos a obra de Jimi Hendrix e John Lennon. No Brasil, compositores como Arnaldo Antunes e Tom Zé, entre outros, constroem novos espaços sonoros e imagéticos de compreensão do mundo, razão de sua exclusão da programação usual.
9) “Godard 1985-1999” (1999): em entrevista a Serge Daney, p. 17, Coelho Dias, Lisboa.
How to Cite
Downloads
Published
Issue
Section
License
Any authors who publish with this journal accept the following terms: