Gramsci e a sustentabilidade: as possibilidades de uma consciência ambiental crítica
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie4922099Palavras-chave:
Gramsci, Amazônia, sustentabilidade, meio ambienteResumo
O artigo objetiva analisar as contribuições teórico-metodológicas que Gramsci oferece, com extrema atualidade, às grandes discussões que acontecem no mundo moderno sobre meio ambiente, sustentabilidade e educação ambiental. A pesquisa, os estudos e as experiências socioambientais produzidas na Amazônia devem assumir compromissos com um novo modelo de desenvolvimento, em que a qualidade de vida e a justiça social sejam metas permanentes a serem perseguidas. Nosso pressuposto básico assume uma racionalidade crítico-emancipatória que articule natureza, técnica e cultura. A questão central para a educação é a adoção de referenciais teórico-metodológicos para alimentar a práxis com coerência. O recurso a Gramsci faz-se necessário pela maneira como esse autor enfrentou com lucidez a luta pela hegemonia existente na sociedade e a necessidade de coerência nas concepções que cada educador deve construir para iluminar sua prática. As contribuições de Gramsci para a construção de uma concepção unitária e coerente de mundo podem ser uma ponte metodológica para o enfrentamento das discussões ambientais atuais. Gramsci nos obriga a reinserir o homem no meio ambiente, condição para transformar a si mesmo e à natureza através do trabalho, condição para discutir um desenvolvimento sustentável economicamente viável e socialmente justo, condição para aceitar as diversidades culturais e as contribuições dos diferentes povos da Amazônia, condição para relacionar ética e tecnologia, condição para a equidade e a solidariedade.
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