Contribuições para a qualificação de professores de Física em formação inicial. Impactos sobre o uso de estratégias metacognitivas na resolução de problemas

Autores

  • Cleci Teresinha Werner da Rosa Universidade de Passo Fundo (UPF), Brasil
  • Jesús Ángel Meneses V. Universidad de Burgos (UBU), España

DOI:

https://doi.org/10.35362/rie7713076

Palavras-chave:

ensino de Física, conhecimento pedagógico, futuros professores, metacognição

Resumo

O presente texto apoia-se na importância de que, para os professores inovarem e ofertarem processos de aprendizagem mais significativos para seus alunos, é necessário que vivenciem isso durante sua formação. Desta forma o presente estudo descreve e analisa o modo como um grupo de futuros professores de Física percebem o uso da metacognição como estratégia de aprendizagem e de ensino. O estudo foi operacionalizado na forma de um curso de extensão universitária com o objetivo de abordar a temática metacognição e a forma como ela pode ser utilizada na resolução de problemas em Física. Para tanto, foram selecionados dez estudantes que durante 20 horas, em horário extraclasse, estudaram o tema e desenvolveram atividades voltadas a aprendizagem e discutiram formas de operacionalização como estratégia didática. Os resultados encontrados apontam que: o conteúdo abordado foi potencialmente significativo; que os alunos se mostraram motivados a aprender; que julgaram pertinente sua utilização, tanto no processo de aprendizagem das disciplinas do curso de graduação, como na sua atuação futura como professores; e, por fim, que valorizam ideias inovadoras como forma de buscar alternativas para qualificar o processo de ensino e aprendizagem na educação básica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Jesús Ángel Meneses V., Universidad de Burgos (UBU), España

Doctor en Ciencias de la Educación, Didáctica de las Ciencias Experimentales. Programa Internacional de Doctorado sobre Enseñanza de las Ciencias. Universidad de Burgos

Referências

Bardin, L.(2004). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bogdan, R. C.e Biklen, S. K. (1994). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.

Brown, A. L. (1978). Knowing when, where, and how to remember: a problem of metacognition. In R. Glaser (Org.), Advances in instructional psychology (pp. 77-165). Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

Coleoni, E e Buteler, L. (2009). Students thinking during physics problem solving: identifying the resources with which they learn. Journal of Science Education, 10(1), 10-14.

Chi, M. T., Glaser, R. e Rees, E. (1982). Expertise in problem solving. In R. J. Sternberg (Org.). Advances in the psychology of human intelligence. v. 1 (pp. 7-75). Hilsdale, N.J.: Erlbaum.

Decreto nº 7.219, de 24 de junho de 2010. Dispõe sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid e dá outras providências. Diário Oficial da União, n. 120, seção 1, 4-5.

Duarte, R. (2004). Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar em Revista, 24, 213-225.

Flavell, J. H. (1976). Metacognitive aspects of problem solving. In L. B. Resnick (Ed.). The nature of intelligence (pp. 231-236). Hillsdale, NJ: LEA.

Efklides, A. (2006). Metacognition and affect: What can metacognitive experiences tell us about the learning process? Educational Research Review, 1(1), 3-14.

Flavell, J. H. e Wellman, H. M. (1977). Metamemory. In R. V. Kail e J. W. Hagen (Eds.), Perspectives on the development of memory and cognition (pp. 3-33). Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

Gatti, B. (2014). A formação inicial de professores para a educação básica: as licenciaturas. Revista USP, São Paulo, 100, 33-46.

Georghiades, P. (2004). From the general to the situated: Three decades of metacognition. Research report. International Journal of Science Education, 26(3), 365–383.

Ghiggi, C. (2017). Estratégias metacognitivas na resolução de problemas em Física. (Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática). Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS.

Hinojosa, J.y Sanmarti, N. (2016). Promoviendo la autorregulación en la resolución de problemas de Física. Ciência & Educação, 22(1), 7-22.

Kistner, S., Rakoczy, K., Otto, B., Dignath-van Ewijk, C., Buttner, G. e Klieme, E. (2010). Promotion of self-regulated learning in classrooms: investigating frequency, quality, and consequences for student performance. Metacognition and Learning, 5(2), 157-171.

Lüdke, M. e André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

Malone, K. L. (2008). Correlations among knowledge structures, force concept inventory, and problem-solving behaviors. Physical Review Special Topics - Physics Education Research, 4(2), 020107-1 - 15.

Mello, G. N. (2000). Formação inicial de professores para a educação básica: uma (re)visão radical. São Paulo em Perspectiva, 14(1), 98-110.

Moser, S., Zumbach, J. eDeibl, I. (2017). The effect of metacognitive training and prompting on learning success in simulation‐based physics learning. Science Education, 101(6), 944-967.

Monereo, C. (2001). La enseñanza estratégica: enseñar para la autonomía. In C. Monereo (Org.). Ser estratégico y autónomo aprendiendo (pp. 11-27). Barcelona: Graó.

Reif, F. e Larkin, Jill H. (1991). Cognition in scientific and everyday domains: comparison and learning implications. Journal of Research in Science Teaching, 28(9), 733-760.

Rosa, C. T. W. (2001). Laboratório didático de Física da Universidade de Passo Fundo: concepções teórico-metodológicas. (Dissertação de Mestrado em Educação). Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS.

Rosa, C. T. W. (2011). A metacognição e as atividades experimentais no ensino de Física. (Tese de Doutorado em Educação Científica e Tecnológica). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.

Rosa, C. T. W. e Ghiggi, C. (2017). Monitoramento e controle metacognitivo na resolução de problemas em Física: análise de um estudo comparativo. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 10(2), 105-125.

Ryan, Q. X., Frodermann, E., Heller, K., Hsu, L. e Mason, A. (2016). Computer problem-solving coaches for introductory physics: Design and usability studies. Physical Review Physics Education Research, 12(1), 0101051-17.

Taasoobshirazi, G. e Farley, J. A. (2013). Multivariate Model of Physics Problem Solving. Learning and Individual Differences, 24, 53-62.

Thomas, G. P. (2013). Changing the metacognitive orientation of a classroom environment to stimulate metacognitive reflection regarding the nature of physics learning. International Journal of Science Education, 35(7), 1183-1207.

Ueno, M. H. (2004). A “tensão essencial” na formação de professores de Física: entre o pensamento convergente e o pensamento divergente. (Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

Zajchowski, R. e Martin, J. (1993). Differences in the problem solving of stronger and weaker novices in physics: Knowledge strategies, or knowledge structure. Journal of Research in Science Teaching, 30, 459–470.

Zepeda, C. D., Richey, J. E., Ronevich, P. e Nokes-Malach, T. J. (2015). Direct instruction of metacognition benefits adolescent science learning, transfer, and motivation: An in vivo study. Journal of Educational Psychology, 107(4), 954-970.

Zohar, A. e Barzilai, S. (2013). A review of research on metacognition in science education: current and future directions. Studies in Science Education, 49(2), 121–169.

Como Citar

Rosa, C. T. W. da, & Meneses V., J. Ángel. (2018). Contribuições para a qualificação de professores de Física em formação inicial. Impactos sobre o uso de estratégias metacognitivas na resolução de problemas. Revista Ibero-Americana De Educação, 77(1), 75–96. https://doi.org/10.35362/rie7713076

Publicado

2018-06-15