A intercompreensão como ferramenta de integração educacional no espaço sul-americano: possibilidades, dinâmicas e limites baseados nas experiências do programa PEIF e UNILA
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie8113524Palavras-chave:
ensino bilíngue; educação intercultural; multilinguismo; intercompreensãoResumo
A primeira década do século XXI representou para a América do Sul um momento de expansão econômica, a implementação de políticas de inclusão social e de integração regional. Nesse contexto, foram desenvolvidos projetos conjuntos entre os países do Mercosul que promovessem o ensino de português e de espanhol, com o objetivo de formar uma cidadania latino-americana plurilíngue. A partir dessas premissas, pretendemos examinar dois modelos educacionais implementados na fronteira entre o Brasil e os países hispanofalantes: o primeiro representado pelo Programa de Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF), no ensino básico, e o segundo, pela Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA), voltada ao ensino superior. Primeiramente, descrevemos o desenvolvimento de cada um deles e, em seguida, avaliamos suas potencialidades e seus limites. À luz desses dados, propomos linhas de reflexão para projetos que, no futuro, busquem avançar para modelos semelhantes de educação multilingue. Finalmente, concluímos que a inclusão de intercompreensão é uma ferramenta que promove o acervo linguístico e cultural dos indivíduos e ajuda a superar concepções monolíngües.
Downloads
Referências
Alas-Martins, S. (2014). A intercompreensão de línguas românicas: proposta propulsora de uma educação plurilíngue. Revista MOARA, 42, 117-126.
Barrios, G. (2006). Minorías lingüísticas y globalización: el caso de la Unión Europea y el Mercosur. Revista Letras, 32, 11-25.
Berthoud, A-C. (2013). Vers une science polyglotte. Cahiers de l’ILSL (Institut de linguistique et des sciences du langage de l’Université de Lausanne), 36, 25-44.
Brasil (s.f.). Escolas de fronteira. Educación integral. Diretoria de Tecnologia da Informação Ministério da Educação (DTI-MEC). Recuperado de https://bit.ly/2ZqLNyY
Brasil (2014). Programa busca a integração de estudantes de áreas de fronteira. Educação Básica, Assessoria de Comunicação Social, Ministério da Educação. Recuperado de https://bit.ly/2ZwkR0C
Briceño Ruíz, J. (Ed.). (2011). El Mercosur y las complejidades de la integración regional. Buenos Aires, Argentina: Teseo.
Calvo del Olmo, F. J. (2012). La Romania: ébauche d’un carrefour linguistique. Mutatis Mutandis, 5(2), 391-409. Recuperado de https://bit.ly/2zlqYKJ
Calvo del Olmo, F. J. (2018). La experiencia de la UFPR en la inserción de la intercomprensión entre lenguas románicas como herramienta para la formación plurilingüe. Actas del XXVI seminario español en Brasil. Consejería de educación/Embajada de España en Brasil. Madrid: BOE,10-22. Recuperado de https://bit.ly/2ZxpJqm
Candelier, M. et al. (2012, nueva edición). CARAP: un cadre de référence pour les approches plurielles des langues et des cultures. MAREP: Marco de Referencia para los Enfoques Plurales de las Lenguas y de las Culturas. (Centre Européen pour les Langues Vivantes, Ed.). Strasbourg, France: Conseil de l’Europe.
Carullo, A. M. et al. (2007). Intercomprensión en lenguas romances. Propuesta didáctica para el desarrollo de estrategias de lectura plurilingüe. Módulo 2: Hacia el reconocimiento de los esquemas de organización textual. Córdoba: Ediciones del Copista.
Cerquiglini, B. (2013). Le Plurilinguisme en faveur de la Science, Synergies Europe, 8, 11-17.
Dauzenberg, S. M. (2016). L’intercompréhension au service des stratégies de lecture chez les préadolescents : mise en oeuvre et analyse d’un projet pédagogique. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Recuperado de https://bit.ly/2zoVUtn
Degache, C., & Garbarino, S. (Eds.) (2017). Itinéraires pédagogiques de l’alternance des langues: l’intercompréhension. Grenoble: UGA, Didaskein.
De Sousa, R. (2019). Escola Plurilíngue: Efeitos da Intercompreensão na Aprendizagem de Língua Portuguesa, Curitiba: Appris Editóra.
Erazo-Muñoz, A. (2016). L’intercompréhension dans le contexte plurilingue de l’Université Fédérale de l’intégration Latino-Américaine (UNILA): expériences, contact et interaction plurilingue. Tesis de doctorado, Université Grenoble Alpes, Grenoble, Francia. Recuperado de https://bit.ly/2LdLtOG
Escudé, P., & Janin, P. (2010). Le point sur l’intercompréhension, clé du plurilinguisme. Paris: Clé international.
Felix, F. M. (2016). Guaranet: Experiências de contato e intercompreensão em guarani, português, espanhol e francês. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Recuperado de https://bit.ly/2U7JAXS
Ferreira, L. G. (2018). Política linguística: a historiografia da oferta de línguas estrangeiras no Brasil e a intercompreensão como ferramenta de valorização do plurilinguismo. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. Recuperado de https://bit.ly/2Lh0YFY
Gajo, L., & Fonseca, M. (2014). Didactique du plurilinguisme et intercompréhension intégrée à la lumière d’Euromania. Revista MOARA, 42, 83–98.
García, O. (2011). Bilingual education in the 21st century: a global perspective (2.a ed.). Malden (MA), Estados Unidos de América, Reino Unido e Irlanda del Norte: Wiley-Blackwell.
Hamel, R. E. (2013). El campo de las ciencias y la Educación superior entre el monopolio del inglés y el plurilingüismo: elementos para una política del lenguaje en América Latina. Trabalhos em Lingüística Aplicada, 52(2), 321-384.
Hamel, R. E. (2008). La globalización de las lenguas en el siglo XXI entre la hegemonía del inglés y la diversidad lingüística. En Política Lingüística na América Latina (ALFAL, pp. 45–79). Brasil: Idéia, Editora Universitária.
Kramsch, C. (2014). Teaching Foreign Languages in an era of Globalization. The Modern Language Journal, 98(1), 296-311
Lorenzetti, A., & Torquato, C. (2016). O Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF) como política linguística. Matraga, 23(38), 86-104. Recuperado de https://doi.org/10.12957/matraga
Lüdi, G., & Py, B. (2003). Être bilingue. Bern, Allemagne: Peter Lang.
MEC y MECyT (2008). Modelo de ensino comum de zona de fronteira, a partir do desenvolvimento de um Programa para a educação intercultural, com ênfase no ensino do português e do espanhol. Ministério da Educação (MEC) / Ministerio de Educación, Ciencia y Tecnología (MECyT), Brasília / Buenos Aires.
MERCOSUL/MERCOSUR (s.f.). Mercosul Educacional. Recuperado de https://bit.ly/2HsFcO5
MERCOSUL/MERCOSUR (2007). Escuelas de Fronteras. Documento Marco Referencial de Desarrollo Curricular. Programa Escuelas Interculturales Bilingües de Frontera PEBF: Modelo de enseñanza común en escuelas de zona de frontera a partir del desarrollo de un programa para la educación intercultural, con énfasis en la enseñanza de las lenguas predominantes en la región. Recuperado de https://bit.ly/2Ht6ynjl
Moreno Fernández, F. (2007). Qué español enseñar. Madrid: Arco/Libros.
Pérez, A. C., & Marchiaro, S. (2016). Plurilingüismo en la escuela: aportes para la formación del profesor de lenguas. Revista Digital de Políticas Lingüísticas, 8(8), 141-153. Recuperado de https://bit.ly/2yTpNR0
Pérez, A. C. (2017). Desarrollo de materiales educativos para una educación plurilingüe en escuelas secundarias de la provincia de Córdoba. VII Encontro Internacional de Investigadores de Políticas Linguísticas. Florianópolis, 19 a 21 de setembro de 2017. Universidad Federal de Santa Catarina UFSC. 137-146.
Pinheiro-Mariz, J., & Lira, M. (2018). A intercompreensão de línguas românicas na formação plurilíngue e intercultural no ensino de línguas estrangeiras para crianças. Letras em revista, 8(01). Recuperado de https://bit.ly/2Pfu1P6
Sagaz, M. R. (2013). Projeto escolas (interculturais) bilíngues de fronteira: análise de uma ação político linguística. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Recuperado de https://bit.ly/2zoENbc
Tancredi, L. (2015). Escolas de fronteira promovem integração cultural e aproximam realidades distantes. Brasil: Ministério da Educação. Recuperado de https://bit.ly/2U5Z2UE
Tassara, G. y Moreno, F. (2007). Manual INTERLAT. Comprensión escrita en portugués, español y francés. Chile: Ediciones Universitarias de Valparaíso. Disponible en https://bit.ly/2zem0iV
UNILA (2013). Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), relativo ao quinquênio 2013-2017. Ministério da Educação - MEC. Recuperado de https://bit.ly/341Itha
Como Citar
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os(as) autores(as) que publiquem nesta revista concordam com os seguintes termos: