Do julgamento professoral às avaliações externas, que fazemos com as crianças e jovens na escola? Um estudo de caso na cidade de Manaus-AM
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie8413922Palavras-chave:
avaliação educacional; avaliação de larga escala; SADEAM; ADEResumo
O presente artigo ocupa-se das avaliações educacionais externas de larga escala e seus efeitos no cotidiano escolar. O cenário material no qual nosso estudo se situa diz respeito às transformações que marcaram as últimas três décadas no cenário educativo brasileiro responsáveis pela mudança na tônica da avaliação da aprendizagem no interior das escolas em direção à onipresença das avaliações externas – com especial atenção aos movimentos de constituição de um macrossistema nacional de avaliação da educação e da multiplicação de outros sistemas locais. Com o objetivo de refletir sobre as implicações das avaliações de larga escala para os educandos, ocupamo-nos dos sistemas avaliativos estadual e municipal do estado do Amazonas e de sua capital: trata-se do Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas (SADEAM) e da Avaliação do Desempenho do Estudante (ADE). A partir de um estudo de caso de uma escola estadual localizada na Zona Oeste de Manaus, com base nos resultados alcançados no SADEAM (2011-2015), foi possível compreender a relação existente entre a realização das avaliações de larga escala e o processo de ensino- aprendizagem das crianças nas escolas manauaras.
Downloads
Referências
Afonso, A. J. (1999). Estado, mercado, comunidade e avaliação: Esboço para uma rearticulação crítica. Educação & Sociedade, 69, 139-164.
Alvarse, O. M., Machado, C. & Arcas, P. H. (2017). Avaliação externa e qualidade da educação: formação docente em questão. Rev. Diálogo Educ., 17(54), 1353-1375.
Bourdieu, P. (2007). A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo/Porto Alegre, EDUSP/Zouk.
Bourdieu, P. & Saint-Martin, M. (2015). As categorias do juízo professoral. In Maria Alice Nogueira & Afrânio Catani (Org.). Escritos de educação (pp. 205-241). Petrópolis, RJ: Vozes.
Brasil. Ideb. Portal do Mec. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/conheca-o-ideb.
Breves, N. S. P., Rocha, S. E. A., & Monteconrado, G. M. (2017). Sistema de avaliação de desempenho educacional - SADEM: experiência na rede pública municipal de ensino de Manaus. 13º Congresso Nacional de Educação/EDUCERE, Curitiba. Recuperado de https://bit.ly/34Y7PxU.
Caed/UFJF. O SADEAM, Juiz de Fora, ca 2016. Recuperado de https://bit.ly/2FpaeZF.
Castro, M. H. G. (2009). Sistemas de avaliação da educação no Brasil: avanços e novos desafios. São Paulo em Perspectiva/Fundação Seade, 23(1), 5-18.
Coelho, M. I. M. (2008). Vinte anos de avaliação da educação básica no Brasil: aprendizagens e desafios. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., 16(59), 229-258.
Fontanive, Nilma. (2011). O uso pedagógico dos testes. In Alberto de M. Souza (Org.). Dimensões da Avaliação educacional (pp. 139-173). Petrópolis: Vozes, 2011.
Freitas, L. C. (2003). Ciclos, seriação e avaliação: confronto de lógicas. São Paulo: Moderna.
Gatti, B. (2014). Avaliação: contexto, história e perspectivas. Olh@res, 2(1), 08-26.
Henchen, A. K. & Brasil, D. S. B. (2017). Os desafios ambientais das escolas do campo municipais fomentados pelo Instituto Áquila nos resultados das avaliações externas municipais da cidade de Manaus/AM. Revista Eletrônica Pesquisaeduca, 9(17), 201-211.
Hoffmann, Jussara. (2017). Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação.
Jesus, E. L. et al. (2017). Avaliação Educacional em Manaus-AM: o IDEB em questão. Areté-Revista Amazônica de Ensino de Ciências, 10(21), 216-229.
Klinger, D., Deluca, C. & Miller, T. (2008). The evolving culture of large-scale assessments in Canadian education. Canadian Journal of Educational Administration and Policy, 3, 1-34.
Le Grand, J. (1991). Quasi-markets and social policy. The Economic Journal, 101, 1256-1267.
Leite, S. A. S. & Kager, S. (2009). Efeitos aversivos das práticas de avaliação da aprendizagem escolar. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., 17(62), 109-134.
Lima, I. G. & Gandin, L. A. (2019). O contexto da consolidação das avaliações em larga escala no cenário brasileiro. Educ. Soc., 40, 1-28.
Luckesi, C. C. (2000). O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Pátio On-line, 3(12), 1-7.
Nogueira, E. L. (2018). Práticas Influentes na Melhoria dos Índices educacionais: o caso de uma escola do Ensino Fundamental I em Manaus. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.
Oliveira, J. M. & Medeiros, C. C. C. (2018). Categorias do juízo professoral: entre interpretações, julgamentos e implicações. Estud. Aval. Educ., 29(72), 710-737.
Oliveira, S. M. S. (2015). O Sadeam e o Ensino de Língua Portuguesa em duas Escolas de Manaus: Implicações do fazer pedagógico para o Letramento. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública), Faculdade de Educação, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.
Semed-Manaus. ADE, Manaus, ca 2019. Recuperado de https://bit.ly/3ixDD1a.
Souza, A. M. (Org.). (2011). Dimensões da Avaliação educacional. Petrópolis: Vozes.
Sousa, S. Z. (2014). Concepções de Qualidade da Educação Básica Forjadas por meio de Avaliações em Larga Escala. Avaliação, 19(2), 407-420.
Souza, S. Z. & Oliveira, R. P. (2003). Políticas de Avaliação da Educação e Quase Mercado no Brasil. Educ. Soc., 24(84), 873-895.
Como Citar
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os(as) autores(as) que publiquem nesta revista concordam com os seguintes termos:
