Estudantes com deficiência nas escolas do campo: um retrato do cenário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie9115521Palavras-chave:
educação especial; educação no campo; estatísticas educativasResumo
As políticas de Educação Especial na perspectiva inclusiva têm como desafio garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem dos estudantes considerados alvo. Tal problemática encontra maiores dificuldades quando se trata de localidades rurais, seja pelo histórico alijamento de direitos que enfrentam os povos camponeses, ou mesmo por disputas contemporâneas de forças que ainda defendem um modelo educacional urbanocêntrico. Assim, o presente artigo tem como objetivo apresentar um panorama das matrículas da Educação Especial de populações do campo no Brasil no período de 2008 a 2020. A pesquisa teve abordagem quantitativa, com dados extraídos dos microdados do censo escolar da Educação Básica referentes aos anos de 2008, 2014 e 2020. Conclui-se que a articulação entre a Educação Especial e a Educação do Campo tornou-se diretriz de política pública recente e nas escolas do campo o número de estudantes com deficiência aumentou expressivamente no período estudado. Entretanto 71,9% das escolas do campo não possuem acessibilidade, apenas 5% possuem Salas de Recursos e somente 27,4% dos alunos recebem o AEE. A Educação Especial na Educação do campo constitui-se um campo de investigação a ser pesquisado e construído junto com os diferentes povos do campo cada qual com suas especificidades a serem reconhecidas.
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