Protótipo de um jogo digital para o treinamento de funções executivas em estudantes com paralisia cerebral
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie9416088Palavras-chave:
Educação Especial, Paralisia Cerebral, Jogos Digitais, Funções Executivas, Tecnologia AssistivaResumo
O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar um protótipo de jogo digital como recurso de Tecnologia Assistiva para o treinamento de funções executivas de memória de trabalho e atenção seletiva de alunos com paralisia cerebral. Portanto, o estudo foi desenvolvido em três etapas. A primeira etapa consistiu na análise de um conjunto de orientações da literatura que contempla informações sobre o desenvolvimento de jogos digitais para alunos com paralisia cerebral. Na segunda etapa, foi desenvolvido o protótipo do Jogo Digital na plataforma gratuita Engine GDevelop , disponível para construção de jogos digitais. E, na terceira etapa, foi realizada a validação do protótipo do jogo digital junto com especialistas da área de Educação Especial e jogos, onde foi formado um grupo de discussão composto por seis avaliadores com experiência em intervenções com alunos com paralisia cerebral . Após o consenso do grupo, algumas modificações no desenvolvimento do protótipo do jogo foram recomendadas pelos fiadores. Assim, os resultados mostrarão que o protótipo do jogo digital atende às funções executivas propostas e pode ser considerado como um recurso de Tecnologia Assistiva para a formação de alunos com paralisia cerebral incluídos até o nível 3 do GMFCS e MACS.
Downloads
Referências
Alves, A. G., Hostins, R. C. L., Santos, M. A., Frisone, B. C., Cipriani, M., Bianchini, P. & Moreira, G. F. (2014). Jogos digitais inclusivos: com o dino todos podem jogar. In A. M. Rocha (Org.). Anais do Computer on the Beach. Univali. https://go.oei.int/i48j6kii
Alves, L., Pereira-Guizzo, C. S., Paz, T. & Travassos, X. L. (2012). Jogos digitais na área da comunicação aumentativa e alternativa: delineando novos espaços interativos para crianças com paralisia cerebral. Revista Tecnologia Educacional, 197, 37-49. https://go.oei.int/2tkxxx77
Amaral, P. P. & Mazzitelli, C. (2003). Alterações ortopédicas em crianças com paralisia cerebral da Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Metodista de São Paulo. Revista Neurociências, 11(1), 29-33. https://go.oei.int/2yy76khf
Braccialli, A. C., Pereira, N., Frota, J. B., & Braccialli, L. (2017). Análise de um ambiente virtual para treino de marcha em esteira: opinião de fisioterapeutas. Anais do Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa. Universidade de Salamanca. https://go.oei.int/huqx80ei
Caillois, R. (2017). Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Editora Vozes.
Cook, A. M. & Hussey, S. M. (1995). Assistive technologies: principles and practices. Year Book.
Cyrillo, L. T. & Galvão, M. C. S. (2015). GMFM e GMFCS – Mensuração e classificação da função motora grossa. In C. B. M., Monteiro (Org.), Paralisia cerebral: teoria e prática (pp. 10-115). Plêiade.
Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Casa Civil. https://go.oei.int/pbnhvmiv
Diamond, A. (2013). Executive functions. Annual Review of Psychology, 64, 135-168. https://go.oei.int/gc7otq3g
Dias, N. M. & Seabra, A. G. (2013). Funções executivas: desenvolvimento e intervenção. Temas sobre Desenvolvimento, 19(107), 206-212. https://go.oei.int/9hcwc08i
Eliasson, A., Krumlinde-Sundholm, L., Rösblad, B., Beckung, E., Arner, M., Öhrvall, A., & Rosenbaum, P. (2006). The manual ability classification system (MACS) for children with cerebral palsy: scale development and evidence of validity and reliability. Developmental Medicine & Child Neurology, 48(7), 547-624. https://go.oei.int/firxvdjr
Garcia, F. A. (2017). O uso dos jogos digitais para o aprimoramento do controle inibitório: um estudo com crianças do atendimento educacional especializado. [Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Educação, Florianópolis]. https://go.oei.int/rznhjcga
Hiratuka, E., Matsukura, T. S. & Pfeifer, L. I. (2010) Adaptação transcultural para o Brasil do sistema de classificação da função motora grossa – GMFCS. Revista Brasileira de Fisioterapia, 14(6), 537-544. https://go.oei.int/qmxafdgq
Huizinga, J. (2019). Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. Perspectiva.
Krigger, K. W. (2006). Cerebral palsy: an overview. American Family Physician, 73(1), 91-100. https://go.oei.int/wfii3rj3
Ministério da Saúde. (2013). Diretrizes de atenção à pessoa com paralisia cerebral. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. https://go.oei.int/3bpbugpb
Miyake, A., Friedman, N. P., Emerson, M. J., Witzki, A. H., Howerter, A. & Wager, T. D. (2000). The unity and diversity of executive functions and their contributions to complex “Frontal Lobe” tasks: a latent variable analysis. Cognitive Psychology, 41(1), 49-100. https://go.oei.int/rsyatujm/
Monteiro, C. B. M. (Org.). (2011). Realidade Virtual na Paralisia Cerebral. Plêiade.
Nogueira, N. M. R. (2015). Jogos Educativos na Educação Especial: um recurso no 1º ciclo. [Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Ciências da Educação, Escola Superior de Educação João de Deus, Lisboa]. https://go.oei.int/tw6ucrr1.
Palisano, R., Rosenbaum, P., Walter, S., Rusell, D., Wood, E. & Galuppi, B. (1997). Development and reliability of a system to classify gross motor function in children with cerebral palsy. Developmental Medicine & Child Neurology, 39(4), 214-223. https://go.oei.int/jcasdazu
Pereira, C. S. (2010). Programa de habilidades sociais profissionais para pessoas com deficiência física desempregadas: necessidades, processos e efeitos. [Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos]. https://go.oei.int/asxky64y
Pinheiro, F. M. R. & Rossini, J. C. (2012). Atenção Seletiva e informação de alto nível: modelos de seleção da informação em cenas naturais. Psico-USF, 17(2), 263-272. https://go.oei.int/ahveytmr
Ramos, D. K. & Garcia, F. A. (2019). Jogos digitais e aprimoramento do controle inibitório: um estudo com crianças do atendimento educacional especializado. Revista Brasileira de Educação Especial, 25(1), 37-54. https://go.oei.int/7trxbne0
Ramos, D. K. (2013). Jogos cognitivos eletrônicos: contribuições à aprendizagem no contexto escolar. Ciências & Cognição, 40(1), 19-32. https://go.oei.int/e8lqdt81
Santos, E. O. (2018). Exergames como Tecnologia Assistiva a estudante com Paralisia Cerebral. [Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente]. https://go.oei.int/iijapfk5
Santos, T. M. S., Seabra Junior, M. O. & Rodrigues, V. (2020). Adaptação do jogo trilha no desempenho das habilidades manipulativas de uma estudante com Paralisia Cerebral. Revista Educação Especial, 33, 1-27. https://go.oei.int/tks63ura
Sartoretto, M. L. & Bersch, R. (2023). O que é Tecnologia Assistiva? Assistiva, Tecnologia e Educação. https://go.oei.int/kaoowqot
Schuytema, P. (2008). Design de games: uma abordagem prática. Cengage Learning.
Seabra Junior, M. O. (2022). Tecnologia Assistiva em face dos estudos com jogos analógicos e de realidade virtual para o treino das funções executivas de Estudantes Público-Alvo da Educação Especial. [Tese de Livre-Docência, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente]. https://go.oei.int/yoqnxngl
Seabra Junior, M. O., Araújo, G. S. & Fiorini, M. L. S. (2023). Tecnologia assistiva, jogos analógicos e digitais: treino de funções executivas na educação especial. Appris.
Tavares, C. S. M., R. Machado, B., Bischoff, B. M., & Scoz, M. (2020). Possibilidades da Tecnologia Touchscreen para desenvolvimento motor e inclusão digital de pessoas com Paralisia Cerebral. Cuadernos del Centro de Estudios de Diseño y Comunicación, (83), 193-204. https://go.oei.int/u7jtfs5j
W3C. (2023). Cartilha de Acessibilidade na Web. W3C Brasil. https://go.oei.int/q2k380st
Yanaze, L. K. H. & Malheiro, C. A. L. (2022). Games educacionais acessíveis: estruturação e práticas investigativas. TICs & EaD em Foco, 8(2), 170-184. https://go.oei.int/q898gfxs
Como Citar
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Revista Ibero-americana de Educação
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os(as) autores(as) que publiquem nesta revista concordam com os seguintes termos: