A criação de um clima moral de escola: o papel dos coordenadores de departamento curricular
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie71215Palavras-chave:
coordenadores de departamento curricular, sistemas de práticas, cultura moral, clima moral.Resumo
A liderança é considerada por alguns autores como um fator decisivo na melhoria da qualidade educativa das escolas, defendendo outros que o conhecimento da cultura e do clima moral das escolas pode ser uma mais-valia na dinâmica da organização escolar, dado que esse conhecimento pode levar a que ocorram alterações significativas na mesma. A fim de conhecer qual a perceção do contributo dos coordenadores de departamento curricular para a criação de um clima moral, desenvolveu-se um estudo empírico, de caráter exploratório e de natureza qualitativa, numa escola pública localizada na Região do Centro de Portugal. Como principais resultados constatou-se que os coordenadores de departamento não assumiam explicitamente as suas funções de liderança, embora as exercessem de forma subtil, privilegiando práticas fomentadoras de um clima moral positivo, designadamente na partilha de responsabilidades e na tomada de decisão, no respeito por valores democráticos.
Downloads
Referências
Bardin, L (2008). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Blandford, S. (2006) Middle leadership in school: Harmonising leadership and learning. Glasgow: Pearson Education.
Bolívar-Bótia, A. (2010). Cómo um liderazgo pedagógico y distribuido mejora los logros académicos? Revista International de Investigación en Educación, 3(5), 79-106.
Busher, H. & Harris, A (1999). Leadership of school subject areas: tensions and dimensions of managing in the middle. School Leadership & Management, 19(3), 305-317.
Center for Social and Emotional Education & National Center for Learning and Citizenship at The Education Comission of The States (2007). The school climate challenge: Narrowing the gap between school climate research and school climate policy, practice guidelines and teacher education policy. Retirado em 3 janeiro, 2013, de: www.ecs.org/html/ProjectsPartners/nclc/docs/school-climate-challenge-web.pdf .
Cohen, J., Mccabe, L., Michelli, N. & Pickeral, T. (2009) School climate: research, policy, practice and teacher education. Teachers College Record, 111(1), 180-213.
Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de maio (Aprova o regime de autonomia, administração e gestão escolar do sistema educativo português).
Decreto-Lei n.º 137/ 2012, de 2 de julho (Procede a alterações ao regime jurídico de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário do sistema educativo português)
Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril (Procede a alterações ao regime jurídico de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário do sistema educativo português).
Estêvão, C. (2012) Políticas e valores em educação: Repensar a educação e a escola pública como um direito. Vila Nova de Famalicão: Humus.
Gomes, A. (2000). Cultura organizacional: Comunicação e identidade. Coimbra: Quarteto.
Harris, A. (2004) Distributed leadership and school improvement. Educational Management Administration & Leadership, 32(1), 11-24.
Harris, A. (2008). Distributed leadership in schools: Developing the leaders of tomorrow. Londres: Routledge & Falmer Press.
Lima, J. A. (2008). Department networks and distributed leadership in school. School Leadership & Management, 28(2), 159-187.
Martín, M., Rovira, J. & Bernet, J. (2003). Escuela, profesorado y educación moral. Teoria de la Educación,15, 57-94.
Mayring, P. (2000). Qualitative content analysis. Forum Qualitative Social Research, 1,(2). Retirado em 8 abril, 2015, de: http://www.qualitative-research.net/index.php/fqs/article/view/1089/2385 .
Moser, R., Bertoni, R., Cruz, M. & Camargo, M. (2012, Junho). Impactos da cultura e clima organizacional nas organizações. Comunicação apresentada no Sétimo Congresso Nacional de Excelência em Gestão, Rio de Janeiro e Niterói. Retirado em 17 abril 2013, de: http://www.excelenciaemgestao.org/portals/2/documents/cneg8/anais/t12_0567_2827.pdf.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT, OECD. Improving School Leadership: The TooLkIT, 2009. Retirado em 13 maio, 2013, de: http://www.oecd.org/dataoecd/63/37/44339174.pdf.
Palacios, K. (2001). Abordagens teóricas e dimensões empíricas do conceito de clima organizacional. Revista de Administração, 37 (3), 96-104.
Payne, R. (2000). Climate and culture: How close can they get? In N. Ashakanasy, C. Wilderon, & M. Peterson (Eds.), Handbook of organizational culture and climate (pp. 163-176). Thousand Oaks: Sage.
Rebelo, T. (2006). Orientação cultural para a aprendizagem nas organizações: condicionantes e consequentes. Dissertação de doutoramento não publicada. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
Rovira, J. (2011, Dezembro). La cultura moral como sistema de prácticas y mundo de valores. Comunicação apresentada no Décimo Segundo Congresso Internacional de Teoria de la Educación, Barcelona. Retirado em 28 dezembro, 2012, de: http://www.cite2011.com/Comunicaciones/Escuela/003.pdf.
Rovira, J. (2012). La cultura moral como sistema de prácticas y mundo de valores. In: J. Rovira, I. Doménech, M. Gijón, X. Martín , L. Rubio & J. Trilla (Eds.). Cultura moral y educación (pp.87-108). Barcelona: Editorial Graó.
Schein, E. (2000). Sense and nonsense about culture and climate. In N. M. Ashakanasy, C. Wilderom, & M. Peterson (Eds.), Handbook of organizational culture and climate (pp. 21-30). Thousand Oaks: Sage.
Sergiovanni, T. J. (2004) Mundo da liderança: desenvolver culturas, práticas e responsabilidade pessoal. Porto: ASA.
Serrano, L. (2011, Dezembro). A cultura moral de los centros educativos: una propuesta para si evaluación e mejora. Comunicação apresentada no décimo Segundo Congresso Internacional de la Teoria de la Educación, Barcelona. Retirado em 28 de dezembro, 2012, de: http://www. Cite2011.com/Comunicaciones/Escuela/120pdf.
Serrano, L. (2012). Teorias sobre la cultura moral. In J. Rovira, I. Doménech, M. Gijón, X. Martín, L. Rubio & J. Trilla (Eds). Cultura moral y educación (pp.65-85). Barcelona: Editorial Gráo.
Serrano, L. e Rovira, J. (2015). Cultura moral. In M.L. Branco & J. A. Domingues (Eds). Currículo e cidadania (pp. 29-85). Rio de Janeiro: Dialogarts/UERJ (29-58).
Thapa, A., Cohen, J., Higgins-D’Alessandro, A., Guffey, S. (2012). School Climate Research Summary (report). National School Climate Center. Retirado em 24 janeiro, 2013, de: http://www.schoolclimate.org_climate_documents_policy_sc_brief_v3.pdf.
Verbeke, W., Volgering, M. & Hessels, M. (1988). Exploring the conceptual expansion within the field of organizational climate and organizational culture. Journal of Management Studies, 35 (3), 303-329.
Como Citar
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os(as) autores(as) que publiquem nesta revista concordam com os seguintes termos: