Los nuevos sentidos de la tarea de enseñar. Más allá de la dicotomía "enseñar vs. asistir"

Resumo

A escola vem sendo objeto de um conjunto de demandas para que se encarregue de «todas» as problemáticas «da» infância.

Este começo de século nos mostra, com inusitada crueza, que a única instituição pública até hoje entronizada pela política social para a edu-cação das jovens gerações, a escola, não é suficiente para dar rumo às múltiplas demandas emergentes.

Trata-se, portanto, de que a escola recentralize sua função, pondo fim a um excesso de acúmulo de funções, que, na realidade, pretende ocultar os novos desígnios da globalização para a escola pública: seu desaparecimento como instância democrática e democratizadora na tramitação das heranças culturais.

O mundo mudou. Também o das crianças. A própria noção de sistema que se emprega: uma só ordem possível para encaminhar «à» infância se transforma no principal obstáculo epistemológico para pensar novas maneiras de sustentar a responsabilidade pública ante as novas gerações. Trata-se de realizar um esforço de invenção para um século novo.

Poderíamos pensar, por exemplo, em como dar suporte às crianças e aos adolescentes para que possam manter com êxito sua escolaridade, e aceder ao social no sentido amplo e plural. Talvez passe por outorgar-lhes estatuto de sujeitos de direito, com os quais é possível convir propostas, propulsar projetos, discutir alternativas. A educação social pode, aqui, iniciar sua caminhada.

Poderíamos pensar, também, em como dar suporte à escola para que recentralize sua função na transmissão dos valiosos legados culturais e trabalhe em rede com outras instituições, para que crianças e adolescentes possam realizar suas experiências de mobilidade e confrontação.

Em suma, trata-se de apostar para que a educação recupere, ante os processos de banalização e esvaziamento culturais, a transmissão como roldana social e cultural que articule os jovens com o mundo.