A paisagem linguística nas escolas de Educação Intercultural Bilíngue do Peru
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie9616436Palavras-chave:
línguas indígenas, paisagem linguística, educação bilíngueResumo
O Ministério da Educação do Peru estabelece que as escolas de Educação Intercultural Bilíngue (EIB) devem formar alunos que sejam capazes de se comunicar na língua indígena e em espanhol ao final do período escolar. Além disso, no ensino médio está incluída a aprendizagem do inglês, o que gera um contexto multilíngue para os alunos. Em geral, no âmbito da educação bilíngue/multilíngue, as escolas aumentam a visibilidade das línguas na paisagem linguística escolar. Seguindo esta perspectiva, foi realizada uma pequena pesquisa em 25 escolas de EIB no Peru, com o objetivo de identificar o uso das línguas e sua combinação na paisagem linguística. Por um lado, os resultados mostram que a maioria só utiliza a língua indígena na paisagem linguística dentro da sala de aula, num pequeno espaço destinado para isso. Fora dessa área, apenas o espanhol é usado. Por outro lado, as escolas que utilizam a língua indígena em diferentes espaços o fazem para nomear alguns elementos do contexto, mas raramente a utilizam para transmitir outro tipo de mensagem. Similarmente, em nenhum dos casos foram encontradas comunicações oficiais na língua indígena. Dessa forma, conclui-se que há uma compreensão limitada sobre o impacto da paisagem linguística na educação.
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