Educação para e-cidadania: entre a reinvenção das práticas cívicase o neo-tecnicismo
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie420761Resumo
Na ausência de um novo tipo de cidadania perante o processo de mundialização das relações sociais, políticas e econômicas, o discurso internacional dos direitos humanos, agora formalmente universalizado, parece ser o único elemento unificador com legitimidade suficiente para promover as compensações sociais e os controles necessários à globalização em curso que tem resultado no redimensionamento dos Estados como nações. Nesse cenário de crise dos Estados soberanos que, direta ou indiretamente, tem redimensionado a forma de compreensão da cidadania, este artigo trata das interações sociais, que têm posto em xeque a educação, como valores a serem promovidos: a reinvenção de outras práticas cívicas ou tendência a um novo tecnicismo, que atribui ao acesso às tecnologias da informação e do conhecimento uma condição que torna secundária a importância dos valores de uma cidadania comprometida com os aspectos civis, políticos e sociais a serem exercidos em uma outra utopia a ser construída - a saber - a "ágora eletrônica".
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Referências
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Notas:
1) N. Tecnopólio Postman (1994): A rendição da cultura à tecnologia, p. 23, Nobel, São Paulo.
2) O panopticon foi concebido pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, no final do século XVIII, com a finalidade principal de servir como presídio. A idéia arquitetônica do projeto permitia que os guardas nunca fossem vistos pelos prisioneiros, que tampouco ouviriam qualquer ruído que pudessem relacionar à presença dos guardas. Assim, ocultos, os guardas não precisariam estar ali o tempo todo e o custo da operação, entregue a um particular por contrato de gestão, cairia. O prédio nunca foi construído na época de Bentham, mas partes da idéia foram aproveitadas em várias prisões, uma delas em Londres e outras na Austrália, Índia, Holanda, EE.UU, Vietnã e Cuba.
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