Prática pedagógica de geometria na educação de jovens e adultos: o ensinado e o aprendido

Autores

  • Guilherme Saramago de Oliveira Universidade Federal de Uberlândia
  • Silvana Malusá Universidade Federal de Uberlândia
  • Euzane Maria Cordeiro Universidade Federal de Uberlândia
  • Thaís Coutinho de Souza Silva Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação

DOI:

https://doi.org/10.35362/rie681172

Palavras-chave:

ENCCEJA | Prática Pedagógica | Ensino-Aprendizagem | Ensino de Geometria.

Resumo

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que buscou identificar, interpretar e descrever a metodologia adotada por professores da Educação de Jovens e Adultos (ENCCEJA) para ensinar os quadriláteros paralelogramos e verificar as principais ideias assimiladas pelos alunos a respeito desse conteúdo. Como fundamentos teóricos da pesquisa foram utilizados, principalmente, o modelo de desenvolvimento do pensamento geométrico proposto pelos educadores Dina Van Hiele-Geldof e Pierre Van Hiele, o Guia Curricular de Matemática (MINAS GERAIS, 1997), a Proposta Curricular destinada a EJA (BRASIL, 2001) e os estudos de Crowley (2011) sobre o modelo Van Hiele. Foram estudados dois grupos de colaboradores, sendo o primeiro constituído por cinco professores e o segundo por dez alunos. Para coletar os dados necessários ao desenvolvimento da pesquisa pretendida foi realizada uma entrevista gravada com os professores e solicitado aos alunos a resolução de uma atividade prática, envolvendo os saberes inerentes aos quadriláteros paralelogramos. Com o estudo realizado foi constatado que os professores pesquisados desenvolvem sua prática pedagógica de forma expositiva e demonstrativa, predominantemente, com ênfase na transmissão de informações tidas como essenciais, na visualização das imagens das formas geométricas, na resolução de exercícios padronizados, estruturados e elaborados com base nas informações que foram repassadas verbalmente e nos modelos sugeridos em diferentes livros didáticos. Em decorrência dessas estratégias e procedimentos de ensino adotados pelos professores, os alunos da ENCCEJA não conseguem dominar as propriedades fundamentais que caracterizam as figuras geométricas e acabam apresentando dificuldades na identificação correta dessas formas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BRASIL. (1998). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF.

BRASIL. (2001). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Educação de Jovens e Adultos: proposta curricular para o 1º segmento do Ensino Fundamental. Brasília: Ação Educativa/MEC.

CROWLEY, M. L. (2011). O modelo Van Hiele de desenvolvimento do pensamento geométrico. In: LINDQUIST, M. M. e SHULTE, A. P. (orgs.). Aprendendo e Ensinando Geometria. Tradução: Hygino H. Domingues. São Paulo: Atual.

DANA, M. E. (2011). Geometria: um enriquecimento para a escola elementar. In: LINDQUIST, M. M. e SHULTE A. P. (orgs.). Aprendendo e Ensinando Geometria. Tradução: Hygino H. Domingues. São Paulo: Atual.

EVES, H. (2005). Tópicos de História da Matemática para uso em sala de aula: Geometria. São Paulo: Editora Atual.

FARREL, M. A. (2011). Geometria para professores da escola secundária. In: LINDQUIST, M. M. e SHULTE A. P. (orgs.). Aprendendo e Ensinando Geometria. Tradução: Hygino H. Domingues. São Paulo: Atual.

FONSECA, M. C. F. R. et al. (2002). O Ensino de Geometria na Escola Fundamental: três questões para a formação do professor dos ciclos iniciais. Belo Horizonte: Autêntica.

MINAS GERAIS. (1997). Secretaria de Estado de Educação. Guia Curricular de Matemática. Belo Horizonte: SEE/MG.

PAVANELLO, R. M. (1989). O abandono do ensino de geometria no Brasil: uma visão histórica. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas.

Como Citar

Saramago de Oliveira, G., Malusá, S., Cordeiro, E. M., & Coutinho de Souza Silva, T. (2015). Prática pedagógica de geometria na educação de jovens e adultos: o ensinado e o aprendido. Revista Ibero-Americana De Educação, 68(1), 45–62. https://doi.org/10.35362/rie681172

Publicado

2015-05-15

Edição

Secção

Artículos del especial

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)