Formação sociolinguística e intercultural para professores de ELE em contexto de diversidade linguística: um estudo de caso na fronteira Brasil-Bolívia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35362/rie8113552

Palavras-chave:

fronteira - ensino de línguas estrangeiras - formação de professores - interculturalidade - sociolinguística

Resumo

Os contextos sociolinguisticamente complexos, como as áreas de fronteira com línguas em contato, exigem um ensino de línguas de acordo com as suas especificidades. Neste sentido, o estudo é uma proposta de formação docente de base sociolinguística e intercultural para os professores de espanhol como língua estrangeira (ELE) da fronteira do Brasil com a Bolívia, especificamente da cidade brasileira de Cáceres. As línguas da região, o português, o espanhol, o portunhol e as línguas indígenas, ocupam posições hierárquicas que respondem às relações de desigualdade e preconceito entre indivíduos de diferentes etnias ou de diferentes nacionalidades. As conclusões, obtidas, por um lado, mediante o diagnóstico da situação sociolinguística, das atitudes e da presença das línguas no sistema educativo e, por outro lado, a partir do diagnóstico da formação sociolinguística dos professores da ELE, permitiram-nos afirmar que a formação que propomos pode ser um fator importante para o desenvolvimento da interculturalidade e do plurilinguismo na região e, além disso, pode servir como modelo para o ensino de línguas estrangeiras em outros contextos de diversidade linguística.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Viviane Ferreira Martins, Universidad Complutense de Madrid (UCM), España

Universidad Pontificia de Comillas, España

Referências

Amedi, N. (2012). A cidade (res)significada: a ideología de modernização de Cuiabá no período pós-divisão do Estado do Mato Grosso. Revista Angelus Novus, 4, 41-64.

Ayuntamiento de Cáceres. (2015). Plan Municipal de Educación de Cáceres. Compromiso con el Futuro 2015-2025.

Bagno, M. (2015). Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola Editorial.

Bain, B. (1975). Toward an integration of Piaget and Vygotsky: Bilingual considerations. Linguistics, 160, 5-20.

Baker, C. (1992). Attitudes and Language. Clevedon: Multilingual Matters.

Baker, C. (1997 [1993]). Fundamentos de educación bilingüe y bilingüismo. Madrid: Cátedra.

Bauman, R. Y Briggs, C. L. (2003). Voices of Modernity. Language Ideologies and the Politics of Inequality. Cambridge: Cambridge University Press.

Bem, D. J. (1970). Beliefs, attitudes and human affairs. Belmont: Brooks/Cole.

Berger, I. (2015). Atitudes de professores brasileiros diante da presença do espanhol e do guarani em escolas na fronteira Brasil - Paraguai: elemento à gestão de línguas. Signo y Seña, 28, 169-185.

Bernardino, M. G. (2015). Redesenhando a fronteira noroeste: a Carta de Mato Grosso e Regiões Circunvizinhas (1917­-1952). Terra Brasilis. Revista da Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica, 6, 1-13.

Blommaert, J. (2007). Sociolinguistic scales. Intercultural Pragmatics, 4(1), 1-19.

Blommaert, J. (2010). The sociolinguistics of globalization. Cambridge: Cambridge University Press.

Bortoni-Ricardo, S. M. (2005). Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolingüística e Educação. São Paulo: Parábola.

Bourdieu, P. (1985 [1982]). ¿Qué significa hablar? Madrid: Ediciones Akal.

Bourdieu, P. (1988 [1979]). La distinción. Madrid: Taurus.

Brasil. (2009). Ministerio de Integración Nacional. Programa de Desarrollo de la Franja de Frontera.

Bugel, T. (2000). Aspectos ideológicos y culturales de la enseñanza actual del español como lengua extranjera en la ciudad de San Pablo – Brasil. Actas del XI Congreso de ASELE, 239-246.

Byram, M. (1997). Teaching and Assessing Intercultural Communicative Competence. Clevedon: Multilingual Matters.

Calvet, L. J. (1999). La guerre des langues et les politiques linguistiques. Paris: Hachette Littératures.

Cerveira de Sena, E. (2012). De colônias al início dos Estados Nacionais: Considerações sobre a fronteira entre Brasil e Bolívia. Revista Territórios & Fronteiras, 5, 114-130.

Cummins, J. (1979). Cognitive/academic language proficiency, linguistic interdependence, the optimum age question and some other matters. Working Papers on Bilingualism, 19, 121-129.

Cummins, J. (1986). Empowering minority students: A framework for intervention.

Harvard Educational Review, 56, 18-36.

Del Valle, J. (2002 [1999]). Lenguas imaginadas: Menéndez Pidal, la lingüística hispánica y la configuración del estándar. Estudios de Lingüística Aplicada (ELiEs), 16, s.p.

Duarte, A. N. D. A. (2014). O chiquitano de Cáceres-MT: contribuições para a constituição da escola como fronteira interétnica e intercultural. Dissertação (Mestrado). Universidade do Estado de Mato Grosso. Disponível em https://bit.ly/2ZgClxM

Fanjul, A. (2004). Português brasileiro, espanhol de... onde? analogias incertas. Letras & Letras, 20(1), 165-183.

Ferreira Martins, V. (2018). Formación Sociolingüística para profesores de ELE en Brasil. Tesis Doctoral. Universidad Complutense de Madrid y Universidad de Brasilia.

Fill, A. y Mühlhäusler, P. (Eds.). (2001). The Ecolinguistics Reader: Language, Ecology and Environment. New York: Continuum.

Haugen, E. (1959). Planning for a Standard Language in Modern Norwey. Anthropological Linguistics, 1(3), 8-21.

IBGE. (2010). Instituto Brasileño de Geografía y Estadística. Disponible en http://www.ibge.gov.br/home/ (Fecha de acceso: 10/07/2019)

Kramsch, C. (1993). Context and Culture in Language Teaching. Oxford: Oxford University Press.

Lambert, W. A, y Lambert, W. E. (1966 [1964]). Psicologia Social. Rio de Janeiro: Zahar Editors.

Lopes, L. P. (Ed.). (2006). Por uma linguística aplicada interdisliplinar. São Paulo: Parábola.

López Morales, H. (1993). Sociolingüística. Madrid: Editorial Gredos.

Mignolo, W. (2003). Historias locales/diseños globales: Colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal Ediciones.

Moreno, F. (1994). Aportes de la sociolingüística a la enseñanza de lenguas. Revista Reale, 1994, 107-135.

Moreno, F. (2010). Las variedades de la lengua española y su enseñanza. Madrid: Arco Libros.

Moreno, J. C. (2000). La dignidad e igualdad de las lenguas. Crítica de la discriminación lingüística. Madrid: Alianza Editorial.

Moreno, J. C. (2008). El nacionalismo lingüístico. Una ideología destructiva. Barcelona: Ediciones Península.

Níkleva, D. G. y Rico-Marín, A. M. (2017). El papel del professor de español como lengua extranjera o segunda y las necesidades en su formación. En Níkleva, D. G. (ed.). Necesidades y tendencias en la fromación del profesorado de español como lengua extranjera (11-37). Bern: Peter Lang.

Ogay, T. (2000). De la compétence à la dynamique Interculturelles. Bern: Peter Lang.

Penny, R. (2004 [2000]). Variación y cambio en español. Madrid: Gredos.

Pennycook, A. (2001). Critical applied linguistics. A critical introduction. New York: Routledge.

Pennycook, A. (2006). Language Education as Translingual Activismn. Asia Pacific Journal of Education, 26(1), 111–114.

Pennycook, A. (2010). Critical and alternative directions in applied linguistics. Australian Review of Applied Linguistics, 33(2), 1–16

Pennycook, A. (2013). Language policies, language ideologies and local language practices. En Wee, R. B. H. y Lim, L. The Politics of English (1-18). Amsterdam: John Benjamins Publishing Company.

Pérez-Milans, M. y Soto C. (2016). Reflexive language and ethnic minority activism in Hong Kong. A trajectory-based análisis. AILA Review, 29, 48–82.

Phillipson, R. L. (1996): Linguistic Imperialism. Oxford: Oxford University Press.

Piller, I. (2016). Linguistic diversity and social justice. New York: Oxford University Press.

Pinto, M. (1993). Le développement métalinguistique chez les enfants bilingues. Problématiques héoriques et résultats de recherche. Revista Scientia paedagogica experimentalis, 31, 119-47.

Preston, D. R. y Young, R. (2000). Adquisición de segundas lenguas: variación y contexto social. Madrid: Arco/Libros.

Quijano, A. (2007). Colonialidad del poder y clasificación social. En Castro-Gómez, S. y Grosfoguel, R. (Ed.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (93-126). Bogotá: Siglo del Hombre Editores.

Rajagopalan, K. (2003). Por uma lingüística crítica. Linguagem, identidade e a questão crítica. São Paulo: Editorial Parábola.

Rajagopalan, K. (2007). Por uma linguística crítica. Letras & Letras, 8(14), 13-20.

Rivera, S. (2010a [1984]). Oprimidos, pero no vencidos. Luchas del campesinado aymara y qhechwa 1900- 1980. La Paz: La mirada Salvaje.

Rivera, S. (2010b). Violencias (re)encubiertas en Bolivia. La Paz: Editorial Piedra Rota.

Santana, Á. C., (2014). Línguas cruzadas, histórias que se mesclam. Ações de documentação, valorização e fortalecimento da língua Chiquitana no Brasil. Jundiaí: Paco Editorial.

Santana, Á. C., & Dunck-Cintra, E. M. (2009). Estudos da língua Chiquitano do Brasil: trajetória e perspectivas. Polifonia, 15(17).

Santos, B. (2010). Refundación del estado en América Latina: Perspectivas desde una epistemología del sur. Lima: Instituto Nacional de Derecho Social.

Santos, B. (2012). De las dualidades a las ecologías. La paz: REMTE.

Santos, B. (2014). Epistemologías del sur: Perspectivas. Madrid: Akal.

Santos, E. (1996). Certo ou errado? Atitudes e crenças no ensino da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Graphia.

Saville-Troike, M. (2003). The ethnography of communication: an introduction. 2ª Ed. Oxford: Blackwell.

Schön, D. A. (1983). The reflexive practitioner: How professional sthink in action. New York: Basic Books.

Schön, D. A. (2000 [1998]). Educando o profissional reflexivo. Um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: artes Médicas Sul.

Tollefson, W. (2005). Critical Theory in Language Policy. En Ricento. T. (Ed.). (2005). An Introduction to Language Policy: Theory and Method (42-59). Oxford: Blakwell.

Trudgill, P y Hernández, J. M. (2007). Diccionario de sociolingüística. Madrid: Editorial Gredos.

Tunmer, E., y Myhill, M. (1984). Metalinguistic awareness and bilingualism. En Tunmer, W. E., Pratt, C. y Herriman, M. L. (Eds.). Metalinguistic awereness in children (169-87). Berlín: Springer Verlag.

Vertovec, S. (2007). Super-diversity and its implications. Ethnic and Racial Studies, 30(6), 1024-1054.

Williams, R. (1983). Culture. London: Fontana

Como Citar

Ferreira Martins, V. (2019). Formação sociolinguística e intercultural para professores de ELE em contexto de diversidade linguística: um estudo de caso na fronteira Brasil-Bolívia. Revista Ibero-Americana De Educação, 81(1), 189–210. https://doi.org/10.35362/rie8113552

Publicado

2019-09-18