Correntes da educação para os media em Portugal: retrospectiva e horizontes em tempos de mudança

Autores/as

  • Manuel Pinto Universidade do Minho, Braga, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.35362/rie320923

Palabras clave:

educación, medios de comunicaci´n, Portugal

Resumen

Ante la creciente complejidad de los fenómenos sociales y de las opciones sobre las que debemos decidir, ante la avalancha informativa que los nuevos y los viejos medios de comunicación e información ponen a nuestra disposición, ante los mensajes más dispares que, desde varios lados, intentan seducir y convencer, resulta verdaderamente urgente redefinir el concepto de ciudadanía, redescubrir los campos y las dimensiones implicados en él, ensayar nuevos modos de aprender a vivir, individual y colectivamente en los nuevos escenarios que se están diseñando, con la preocupación de re-equilibrar el papel y la misión de la escuela.

A pesar de que existe consenso en que una práctica democrática de la ciudadanía encuentra un perfecto campo para su ejercicio en la relación crítica con los medios, en los países que sufrieron la experiencia de regímenes autoritarios –y que poseen una experiencia democrática todavía insuficientemente entretejida en las prácticas cotidianas– resulta difícil conquistar un espacio para la educación para los medios.

Este es el caso de Portugal, donde aún se tiene un conocimiento parcial y fragmentario de las experiencias realizadas en este campo. Aunque dichas experiencias no constituyeron verdaderas políticas en la materia, existen señales que estarían dando cuenta de los cambios y de las inquietudes que tienen lugar, especialmente en el ámbito de las escuelas y de los maestros y profesores que lideran esas iniciativas.

Si entendemos a la educación para los medios en su relación con los procesos socioculturales y de cambio social, debemos vincularla con las características más notables de aquellos: aceleración de la vida social, enfatización de la cultura del presente, deslocalización, alteración de la noción de escala, y crisis de las grandes narrativas que daban sentido a la acción humana y a la Historia.

Por su parte, si la comprendemos como educación para la comunicación y la ciudadanía, es necesario, ante todo, que se establezca un nuevo y adecuado paradigma pedagógico que se apoye en la relación entre la teoría y la práctica, y que llegue a los centros de formación de profesores.

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Biografía del autor/a

Manuel Pinto, Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Professor associado do Departamento de Ciências da Comunicação e director do Curso de Mestrado em Comunicação, Cidadania e Educação do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Citas

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Notas:

1) O extinto FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis) publicou, nos anos 70, um trabalho de Vieira Marques intitulado A linguagem cinematográfica, de que foram publicados mais recentemente alguns excertos em M. Pinto e A. Santos (1995), O cinema e a escola: guia do professor, Público na Escola, núm. 6, Lisboa, Público Comunicação Social, pp. 98-100.

2) Casos das escolas secundárias de Esmoriz e de Gondomar e da EB 2-3 de Aldoar (Porto), por exemplo. Veja-se os relatos apresentados em M. Pinto e A. Santos, op. cit., pp. 95-97.

3) Cf. Boletim da AEPEC, núm. 18, Março-Outubro de 1993.

4) Encontra-se em desenvolvimento, no âmbito do mestrado de Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, aquela que deverá ser uma das primeiras investigações académicas sobre o jornalismo escolar, levada a cabo por João Carlos Gonçalves.

5) Ausenda Vieira e Teresa Fonseca (1996), Os jornais escolares e o desenvolvimento de novas dinâmicas educativas, Lisboa, Instituto de Inovação Educacional.

6) Cf. Manuel Pinto (1997) “Objectivos e modelos de jornal escolar”, in Público na escola, núm. 76, Novembro.

7) Segundo esta tipologia, o jornal-arquivo constitui um repositório do que foi feito, com o fim de recordar; o jornal institucional assume-se como porta-voz oficial da escola, controlado em maior ou menor grau pela respectiva direcção; o jornal “tecno” procura sobretudo cuidar do grafismo e da apresentação, tirando partido de recursos tecnológicos; finalmente, o jornal informativo é aquele que procura alimentar a comunicação na escola, assumindo um papel activo, interventivo e crítico no seu quotidiano.

8)De entre os objectivos do Projecto, destacam-se:
“a) contribuir para uma relação mais próxima entre a actualidade e a escola;
b) estimular nos jovens estudantes a consciência dos seus direitos e possibilidades de acção face à comunicação social, ajudando-os, nomeadamente, a decodificar a linguagem da imprensa;
c) promover entre os jovens uma visão mais dinâmica e mais interessante da vida social, criando condições para melhor se situarem nas grandes questões que atravessam a sociedade contemporânea;
d) contribuir para o desenvolvimento do espírito crítico das novas gerações, nomeadamente face à comunicação social”.
(Cf. Manuel Pinto (1991), A imprensa na escola-guia do professor, Lisboa, Público Comunicação Social, p. 44; Público, Livro de Estilo, Lisboa, Público Comunicação Social, 1998, p. 390).

9) O Instituto de Inovação Educacional, um departamento dos serviços centrais do Ministério da Educação, foi extinto com a chegada ao poder, em 2002, do XV governo constitucional, de centro-direita, no quadro de um vasto conjunto de medidas de contenção dos gastos públicos.

10) Cf., por ex. Ausenda Vieira e Rosália Vargas (1996): Rede de projectos de educação e media, catálogo 1995-1996. Col. “Aprender com os media”, núm. 4, Lisboa, Instituto de Inovação Educacional.

11) Uma apresentação online do enquadramento, objectivos e estrutura curricular deste curso pode ser consultada em <http://www.ics.uminho.pt/dcc/cur/mestrados/com_cid_edu/mestr_com_cid_edu_1.htm>.

12) M. Pinto, A. Baleiras, A. Santos e S. Pereira (1994): Escola e comunicação social: desafios e propostas de acção. Braga, CEFOPE da Universidade do Minho (polic.).

13) Um estudo recente intitulado A educação para os media e a formação inicial de professores, realizado como dissertação de mestrado no ISCTE por Rui Coelho, indica que cerca de 70 por cento das instituições de formação inicial inquiridas relacionam a educação para os media com disciplinas e actividades de orientação marcadamente tecnológica.

14) Dominique Wolton (1999): Internet et après? Une théorie critique des nouveaux médias, París, Flammarion, p. 11.

15) Gavi, Philippe (1996): Entrevista a Paul Virilio, Le nouvel observateur, hors série La soif de Dieu, voyage au coeur des religions, Novembro.

16) Retomo aqui algumas ideias expressas em dois textos recentes: “Os filhos dos media e os conflitos com a escola”, in VV.AA (2000): As pessoas que moram nos alunos: ser jovem hoje na sociedade portuguesa, Porto, Edições Asa; e “A formação para o exercício da cidadania numa sociedade mediatizada”, in Presidência da República (2000): Os cidadãos e a sociedade da informação, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

17) Giddens, A. (1990): The Consequences of Modernity, Cambridge, Polity Press.

18) Lange e van Loon (1991), cit. por Paquete de Oliveira, 1992, p. 1010.

19) Paquete de Oliveira, op. cit., p. 1022.

20) Nelson Traquina (1993): As indústrias culturais em Portugal: a alta indefinição no triângulo do audiovisual (comunicação apresentada no II Encuentro Iberoamericano de Investigadores de la Comunicación, Universidad Autónoma de Barcelona, 29 de Junho a 3 de Julho).

21) Mario Kaplún (1997): “De medio y fines en comunicación”, in Chasqui, Revista Latinoamericana de Comunicación, núm. 58.

Cómo citar

Pinto, M. (2003). Correntes da educação para os media em Portugal: retrospectiva e horizontes em tempos de mudança. Revista Iberoamericana De Educación, 32, 119–143. https://doi.org/10.35362/rie320923

Publicado

01-05-2003

Número

Sección

Artículos del monográfico