Prazer versus disciplina na educação: um estudo exploratório das divergências e das convergências
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie3972534Palavras-chave:
ensino-aprendizagem, Émile Chartier, Rubem Alves, métodos de aprendizagemResumo
Neste texto foram trabalhadas as idéias pedagógicas de Émile Chartier e de Rubem Alves, destacando suas abordagens sobre o prazer no processo ensino-aprendizagem. Assim, o básico dos raciocínios destes autores é que a compreensão da realidade está substancialmente ligada à cosmovisão do professor e do aluno no ensino-aprendizagem. O aluno é parte fundamental do processo educacional porque é conduzido ao mundo adulto pelo professor. O professor deve viver o aprendizado com o aluno, através da criatividade e do desejo. Também deve colocar nas mãos do aluno a dificuldade para ser superada. Para Alain, o ensino deve ser feito através da seriedade do cálculo, da seriedade do raciocínio e da seriedade da própria escola. A dificuldade em aprender deve ser mostrada pelo professor ao aluno. O aluno assume a sua própria identidade humana pelo prazer, superando as dificuldades no processo de aprendizado. Para Rubem Alves o prazer deve ser vivenciado em todo o processo e não pela superação das dificuldades. Quanto ao processo de vivência do prazer, temos dois enfoques: um trata do prazer ideal, e o outro, do prazer real. O aluno, experienciado o prazer impulsionado pelo desejo, no processo educacional, apreende o sentido real do prazer e o sentido da realidade que gera tal prazer. Enfim, o papel do professor é o de mostrar ao aluno a possibilidade da vivência do prazer no conhecimento conquistado. Rubem Alves sustenta a tese do prazer na educação como sendo um acontencimento intrínseco e necessário a formação da personalidade do aluno. Graças ao prazer vivenciado na aprendizagem, o aluno pode expressar criativamente sua cosmovisão, através da linguagem. A racionalidade humana, desenvolvida através da língua mãe, expressa, por assim dizer, a personalidade do aluno e do professor.
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